Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

A deputada federal Luizianne Lins, membro da Executiva Nacional do PT, assinou, junto com demais integrantes do partido no Ceará, um recurso que será apresentado ao Diretório Nacional da legenda, em São Paulo, contra a decisão do PT local de não aprovar candidatura ao Senado.

Entre os argumentos redigidos no documento, estão a alta popularidade do ex-presidente no Ceará, e por isso a necessidade de um palanque, a crítica em relação aos interesses estritamente locais, em razão da negativa pela manutenção da vaga da sigla no Senado, e o apoio indireto ao senador Eunício Oliveira (MDB).

“Não podemos esquecer que o MDB de Temer, principal articulador do golpe juntamente com Eduardo Cunha, conspirou com o PSDB e executou o plano que derrubou o governo legítimo da nossa presidenta Dilma Rousseff, com voto favorável do senador Eunício Oliveira”, diz trecho do documento.

A decisão de não lançar nome do partido ao Senado, acaba abrindo caminho para reeleição do presidente do Congresso Nacional. Na base de Camilo Santana (PT) o assunto já é pacificado. O governador contra-argumenta a movimentação de reversão da decisão local em âmbito nacional ao ressaltar a decisão “democrática” que os delegados do PT no Ceará enfrentaram a situação.

“Todo mundo tem direito de questionar. Foi uma decisão tomada de forma muito democrática. 75% dos delegados estaduais aprovaram a resolução. Espero que a decisão da maioria democraticamente decidiu seja mantida”, declarou o petista.

De acordo com a deputada Luizianne, a estratégia recursal tem base em um entendimento nacional do partido de manter as vagas já ocupadas pela legenda. “Nesse recurso a gente vai estar recorrendo à instância do Diretório Nacional se possível ao Encontro Nacional que será no sábado, 4, para rever a decisão e lançar um candidato ao Senado do Partido dos Trabalhadores”, disse.

“E nós fazemos isso porque acreditamos que o partido não pode diminuir de tamanho. Nós temos uma vaga já de Senado, ocupada pelo José Pimentel, e acreditamos que essa vaga não pode sair do PT porque a orientação da Executiva do PT é nenhuma vaga a menos, e, além disso, que a gente amplie a possibilidade os espaços do PT na Câmara e no Senado”, acrescentou a ex-prefeita.