Na próxima quarta-feira, 18, o Ceará volta a jogar pela Série A do
Campeonato Brasileiro, em jogo pela 13ª rodada, às 19h30, contra o Sport
no Presidente Vargas. Será um novo começo para o Alvinegro na elite do
futebol brasileiro, já que a competição parou por um pouco mais de um
mês, para a disputa da Copa do Mundo na Rússia.
O período foi importante para que realmente um trabalho fosse iniciado
praticamente do 'zero', como uma verdadeira pré-temporada, visando uma
recuperação imediata do clube na Série A. Afinal, em 12 rodadas, foram
apenas 5 pontos ganhos, ocupando a 20ª e última colocação, uma carga
pesada para os atletas carregarem a cada rodada.
Além disso, o técnico Lisca pôde enfim implementar sua filosofia de
trabalho (já o treinador dirigiu o clube em apenas 3 partidas, em um
intervalo de 9 dias antes da parada para o Mundial), recuperar jogadores
que estavam contundidos, entrosar os novos contratados e melhorar o
padrão físico do elenco.
"Esse período sem jogos tem sido muito produtivo. O grupo tem se
esforçado muito para evoluir. Estamos, também, corrigindo os erros e
melhorando a cada treino. A expectativa para o retorno do Campeonato
Brasileiro é a melhor possível. Temos que manter esse ritmo nos próximos
dias para voltarmos com tudo na competição", declarou o
lateral-esquerdo João Lucas.
Desafio
Mas qual o tamanho do desafio que o Ceará terá nas 26 rodadas que ainda
restam na Série A? Um desafio dos mais difíceis. Afinal, com apenas 5
pontos (7 distante de sair do Z4), o Alvinegro terá que somar pelo menos
40 dos 78 ainda a disputar, chegando aos 45 pontos, o número 'mágico'
para a permanência na elite do futebol brasileiro.
"O campeonato está em sua 13º rodada. Cada uma dessas partidas até a
38º rodada será decisiva. Vamos encarar cada jogo como uma final.
Lutaremos muito para tirar o Ceará da zona de rebaixamento da Série A",
disse o goleiro Èverson.
Para somar mais 40 pontos em 26 jogos, o Alvinegro precisaria (com 13
jogos em casa e o mesmo número fora para fazer), ganhar pelo menos 10
deles, empatando outros dez, em uma projeção mais factível, com a equipe
podendo 'perder' apenas mais 6 partidas até o fim da Série A. Mas claro
que o número necessário de vitórias e empates pode variar - 11 vitórias
e 7 empates ou 12 vitórias e 4 empates, por exemplo - mas o importante é
o clube chegar à pontuação ' salvadora' na elite.
Para ilustrar o tamanho do desafio que o Ceará terá basta compararmos o
aproveitamento que o clube tem hoje, de 13,9% com o que ele precisará
chegar ao fim da 38ªrodada para escapar: para somar 40 pontos em 26
jogos, o clube terá que alcançar um aproveitamento de 51,2%,
praticamente quadruplicando o atual. Este aproveitamento é próximo ao do
atual 7º colocado da Série A, o Sport Recife, que tem 18 pontos.
Em 12 edições da Série A por pontos corridos desde 2006 (primeiro ano
com 20 clubes), a média histórica para evitar o rebaixamento é de 45
pontos. A pontuação variou entre 46 (do Fluminense em 2009) e 40 pontos
(do Palmeiras em 2014).