segunda-feira, 27 de novembro de 2017

'Contem comigo. Mas não como candidato a presidente', diz Huck

Paulo Lopes/Futura Press
Luciano Huck confirmou que está fora da disputa pela Presidência da República em 2018. Em artigo publicado na “Folha de S. Paulo” nesta segunda-feira, o apresentador da TV Globo afastou as especulações sobre a sua candidatura e destacou que seus pais, sua mulher, seus filhos, familiares e amigos próximos o impediram que o “deixasse levar pelos sons dos chamados quase irresistíveis”.

“Quem se interessa pelo que sou e faço pode acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças, em especial com a fé enorme que tenho neste país. Contem comigo. Mas não como candidato a presidente”, escreveu.

O apresentador, no entanto, prometeu continuar tentando “contribuir de maneira ativa para melhorar o país”.  “E, para isso, não são necessários partidos, cargos, nem eleições”.

Huck reforçou a visão de que é fundamental “sair da proteção e do conforto das selfies no Instagram para somar forças na necessária renovação política brasileira” — o que está bem distante, segundo ele, de postular uma candidatura a presidente.

“O momento de total frustração com a classe política e com as opções que se apresentam no panorama sucessório levou o meu nome a um lugar central na discussão sobre a cadeira mais importante na condução do país (…) Mas tenho hoje uma convicção ainda mais vívida e forte de que serei muito mais útil e potente para ajudar meu país e o nosso povo a se mover para um lugar mais digno, ocupando outras posições no front nacional”, elaborou Huck.

Huck também refletiu sobre como seu nome surgiu no radar dos possíveis candidatos e atribuiu as especulações à sua exposição pública, seu jeito, suas características, sua personalidade e sua forma de ver o mundo. Entre “centenas de defeitos”, ele destacou ter genuína e enorme paixão e curiosidade pelo outro.
“E a sensação de ‘intimidade’ que meus mais de 20 anos de televisão provocam nas pessoas possibilita conversas instantaneamente francas e verdadeiras (…) E foi essa permanente ‘bateção de perna’, sempre ‘in loco’, que me tirou definitivamente da zona de conforto e me fez ver: O Brasil está sofrendo demais — especialmente os mais pobres, mas não apenas eles— para ficarmos passivos e reféns deste sistema político velho e corrupto”, destacou no texto.