Sobe para 136 o número de óbitos por chikungunya no Estado. De acordo
com o último boletim epidemiológico das arboviroses da Secretaria de
Saúde do Estado (Sesa), referente a semana epidemiológica (SE) 44, as
mortes foram registradas em 17 municípios. No estudo anterior, publicado
em outubro e referente a SE 39, eram 117. A Capital lidera com 105
óbitos confirmados por chikungunya, seguida por Caucaia (5), Acopiara
(3), Aracati (3), Maracanaú (3) e Maranguape (3). Beberibe, Itapajé e
Senador Pompeu notificaram dois óbitos cada e Jaguaretama, Marco, Morada
Nova, Pacajus, Piquet Carneiro, Trairi, Umirim e Viçosa tiveram um
registro cada.
Os casos notificados também subiram. Em outubro eram 130.920 suspeitas
de chikungunya. Destes, 70,8%, cerca de 92.752, confirmados e 14,4% (
18.925) descartados. Atualmente, são 134.223 notificações, sendo 71,7%
(96.299) foram confirmados e 15,6% (20.971) descartados. Dos 184
municípios cearenses, apenas 4 não notificaram casos suspeitos de
chikungunya e 91,1% (164) têm casos confirmados.
Arboviroses
As altas notificações das arboviroses no Estado- dengue, zika e
chikungunya- revelam o cenário epidêmico. Até a SE 44, a incidência
acumulada de casos notificados para arboviroses é de 2.411,1 casos por
100 mil habitantes, distribuídos em 183 dos 184 municípios,
caracterizando um cenário epidêmico no Estado. 109 municípios
apresentava incidência acima de 300 casos notificados por 100 mil
habitantes, considerados com alta incidência.
Este ano, foram notificados 78.591 casos de dengue no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), correspondendo a uma taxa
de incidência acumulada no Estado de 876,7 casos por 100 mil habitantes.
Apenas um município não registrou caso de dengue no Estado.
Foram confirmados 30,2% (23.798/78.591) dos casos em 86,8% (159/183) dos
municípios. Foram identificados vinte (20) municípios com altas
incidências: Acopiara, Alto Santo, Brejo Santo, Farias Brito, Horizonte,
Iracema, Quixeramobim, Tabuleiro do Norte, Milagres, Fortaleza, Várzea
Alegre, Mauriti, Icó, Granjeiro, Irauçuba, Solonópoles, Jaguaretama,
Umari, Potiretama e Jaguaribara.
Dentre as confirmações, 16 óbitos, 87 são casos de dengue com sinais
de alarme (DCSA) e 24 de dengue grave (DG). O boletim epidemiológico
mostra ainda que, analisando o cenário epidemiológico das três
Arboviroses, nas últimas cinco semanas, observa-se uma redução dos casos
associada, possivelmente, à sazonalidade das doenças e à redução dos
suscetíveis.
Diário do Nordeste