sábado, 28 de outubro de 2017

Desempregado encontra carteira com R$ 2 mil e ganha emprego como recompensa


O empresário Adair Luis Souza, de 55 anos, só se deu conta de que o bolso traseiro da calça estava vazio após ter recebido sucessivas chamadas do seu corretor de seguros. Sua carteira havia sido localizada pelo desempregado Juliano Cruz de Morais, de 27 anos, quando voltava do supermercado. 
 
A informação é do site do Zero Hora.
 
Um cartão de visitas de um conhecido de Adair possibilitou que Juliano entrasse em contato. O empresário, primeiro, imaginou que tinha perdido todo o dinheiro, mas depois sentiu alívio de saber que, pelo menos, os documentos estariam assegurados. Eles marcaram um encontro que mudaria os rumos de Juliano. 

Para a surpresa de Adair, sua carteira estava intacta: dinheiro para pagar o pedreiro por uma obra, três cartões de crédito, carteiras de identidade e de motorista, CPF e uma folha de cheque. Juliano confessa que não chegou nem a contar o quanto havia na carteira, apenas tirou R$ 20 para colocar de créditos para o celular e possibilitar a devolução do objeto perdido. 

"Você não existe", elogiou. O empresário recompensou Juliano com R$ 100. Não satisfeito e inquieto, o empresário ainda ligou para o rapaz e pediu para que ele procurasse o seu sócio na empresa da manutenção de torres de telefonia móvel, em Gravataí.

Para Juliano, a oferta de Adair parecia um milagre. O único fator que impedia a contratação era o cargo a ser ocupado. Obeso, Juliano não teria condições de escalar torres de até 100 metros. Adair e André Alves, então, decidiram criar uma posição especialmente para o jovem. "Ele cuidou do meu dinheiro. Por que não poderia cuidar do nosso estoque?", disse Adair. 

Três dias após achar a carteira, Juliano começou a trabalhar como estoquista. Um salário de R$ 1,2 mil, carteira assinada, vale-refeição e vale-transporte para tomar conta de uma sala cheia de ferramentas e equipamentos de proteção individual e preencher planilhas no computador. Ele disse que era o que mais queria. 

Sobre a atitude tomada, ele considera como a única possível, devido a educação recebida pela mãe que o ensinou que não importa o valor que tiver, o que não nos pertence não é nosso.

Para Adair, se 40% dos brasileiros pensassem da mesma maneira, já estava bom.

Redação O POVO Online