SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva usou uma operação de busca e apreensão na casa de
seu filho adotivo, Marcos Cláudio, para sustentar a tese de que é vítima
de perseguição.
Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de
Vasconcelos (Grande São Paulo), Lula disse que o delegado responsável
pela ação deveria lhe pedir desculpas.
Na manhã da terça (10), o delegado da Polícia Civil
de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, comandou a operação, alegando
ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço.
Saiu de lá com DVDs e computadores. A juíza que
autorizou a ação, Marta Pistelli, afirmou que o pedido da Polícia Civil
não identificava o nome do morador.
"Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu.
Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a
hombridade, de pedir desculpas", disse. E perguntou: "Até quando eles
vão me perseguir?"
O ex-presidente afirmou que "fazem uma confusão" para evitar sua candidatura à Presidência.
"Quero provas. Sou investigado há três anos. Já
encontraram dinheiro do Aécio, do Serra, do Geddel, do Temer... Já
invadiram a minha casa, a casa dos meus filhos. Todos eles com a máquina
fotográfica no peito. Levantaram o colchão onde eu durmo, pensando que
tinha dólar, ouro e joia. Se não encontraram nada, deviam ter a
humildade de pedir desculpas ao Lula e ao povo brasileiro".
Lula disse ainda que se dedicará à eleição em São Paulo e fez críticas ao prefeito João Doria (PSDB).