terça-feira, 12 de setembro de 2017

Sindicatos negociam para manter benefícios definidos em acordos

Camila Domingues/ Palácio Piratini
Sindicatos de trabalhadores têm negociado para evitar que a reforma trabalhista acabe com os benefícios já estipulados por acordos, como a homologação de rescisões nos sindicatos, a determinação de uma hora de almoço e a negociação coletiva do banco de horas. As mudanças indicam, por exemplo, que o funcionário negocie individualmente seu banco de horas, além da alteração do intervalo para almoço, podendo ser reduzida a critério do funcionário ou de uma convenção coletiva.

Com as alterações, representantes dos trabalhadores buscam manter algumas garantias, como é o caso dos bancários, que recebem um auxílio refeição de R$ 32, o que não é previsto em lei. Outras cláusulas alteradas estão sendo negociadas. “Queremos consertar alguns excessos dessa lei, que foi aprovada por demanda empresarial e não contempla os trabalhadores”, explica Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, UGT, em entrevista à Folha de São Paulo. A entidade adiou, em acordo com as empresas, a convenção de agosto para fevereiro.

“Houve uma mudança profunda na legislação, os empresários estão dispostos a soltar os leões, e os trabalhadores estão tentando se posicionar”, diz Clemente Ganz Lúcio, diretor do Dieese.

Centrais sindicais e empresários devem se reunir com o presidente Michel Temer na terça-feira, 12, em busca de uma medida provisória que impeça que as homologações de demissões nas próprias empresas, além da permissão de que gestantes trabalhem em locais insalubres.