segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Corinthians precisa de R$ 43 milhões em vendas no ano para evitar rombo


O fim da janela de transferências na Europa foi muito festejada por Fábio Carille e bastante lamentada pelo departamento financeiro do Corinthians. A alegria para o treinador se deu porque o Timão não perdeu qualquer jogador, apesar do assédio em cima, por exemplo, de Guilherme Arana e Rodriguinho.
Já os responsáveis pelo caixa alvinegro contavam com pelo menos uma transferência, para diminuir um rombo no orçamento. É que o clube havia orçado em janeiro o valor de R$ 52 milhões com a venda de jogadores ao longo do ano, para não fechar no vermelho, e só conseguiu R$ 8,5 milhões até agora.

O Corinthians embolsou R$ 5,6 milhões com a saída de Léo Jabá para o Akhmat Grozny, da Rússia, e R$ 2,9 milhões com Uendel, liberado para o Internacional no começo da temporada. Ou seja, o clube vai precisar conseguir R$ 43,5 milhões nos últimos quatro meses de 2017.

Na sexta-feira, um clube árabe ofereceu R$ 18,7 milhões para contratar Lucca em definitivo – o Timão é dono de 60% dos direitos econômicos do atacante, hoje emprestado à Ponte Preta. Desta maneira, os corintianos ficariam com R$ 11,2 milhões, baixando em aproximadamente 1/4 a necessidade de caixa. O problema é que Lucca não aceitou se mudar para o mundo árabe.

“Certamente perderemos jogadores no fim do ano. Pelo menos uns dois”, imagina Fábio Carille, sabendo do sacrifício feito pelo presidente Roberto Andrade para manter o grupo, de olho na briga pelo título do Campeonato Brasileiro – a diferença caiu para sete pontos em relação ao Grêmio neste sábado.

Vale lembrar que a dificuldade com o fluxo de caixa alvinegro não tem a ver apenas com a falta de receita com venda de atletas. O Timão não conta desde a inauguração da arena com o dinheiro da bilheteria, todo revertido para o pagamento do financiamento do estádio. Além disso, o Corinthians também não possui patrocinador máster desde abril, quando acabou o contrato com a Caixa.
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