O estado de saúde do bebê Kaleb Rodrigues Martins, de um mês e meio, é
considerado estável. Segundo a mãe, Evilene Rodrigues, o menino foi
transferido na noite de ontem (3) para a Unidade de Tratamento Intensivo
(UTI) do Hospital Albert Sabin, na Capital. "Ele está entubado,
respirando com ajuda de aparelhos. Disseram para a gente que o estado de
saúde dele é estável", explicou Evilene.
Segundo a Secretaria da Saúde (Sesa), o bebê foi atendido com quadro de
broncoespasmo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do José Walter, em
Fortaleza, na manhã do último sábado, dia 2 de setembro.
A Sesa confirmou ainda que a criança apresentou uma reação adversa
grave, por diversas causas, entretanto não detalhou as circunstâncias do
ocorrido.
"Uma sindicância será instaurada na UPA do José Walter para apurar os
fatores que levaram a esta situação. Após os resultados, encaminhamentos
administrativos serão tomados para minimizar os riscos de situações
como esta voltarem a acontecer. O paciente está sendo prontamente
atendido no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da rede pública do
Governo do Ceará", comunicou a Pasta, por meio de nota.
Caso
Jarina Militão, tia da criança, explicou que Kaleb, desde a última
sexta-feira (1º), parecia estar com a respiração comprometida. A mãe do
menino o levou até Hospital Distrital Gonzaga Mota, no José Walter, para
uma consulta. Ela foi orientada a levar a criança para fazer um raio-X a
fim de identificar o problema. A máquina disponível na unidade, porém,
estava quebrada. Por isso, o bebê foi encaminhado para a Unidade de
Pronto Atendimento do mesmo bairro.
"Desde quando ele nasceu teve problemas respiratórios. Segundo os
médicos, ele engoliu secreção do parto e por isso ficou com essa
dificuldade. Os médicos da UPA orientaram deixá-lo internado para
observação, após o raio-x e disseram que estava tudo certo e iriam
passar apenas um medicamento para ele tomar via respiratória. Foi quando
a enfermeira aplicou o remédio na veia e o Kaleb já instantaneamente
começou a sangrar pelo nariz e chegou a ter uma parada
cardiorrespiratória", disse.
A mãe do garoto ainda não sabe se vai tomar medidas judiciais pelos
supostos erros. "Hoje nós vamos na UPA para saber o que aconteceu. No
momento eu não penso em processar, mas eu quero saber de quem é a
culpa", afirmou Evilene.