O Ceará é o
campeão da violência armada no Brasil que produz assassinatos. A
comprovação é de uma pesquisa publicada pelo Jornal carioca O Globo
nesta terça-feira (15), que apontou a variação nas taxas de homicídios
por cada grupo de 100 mil habitantes em 10 anos, entre 2005 e 2015.
No Ceará, a pesquisa aponta que o estado a variação no período foi
de, nada menos, que 126,39 por cento. Em 2005, o Estado apresentou uma
taxa de 18,64 mortos por cada grupo de 100 mil habitantes. Dez anos
depois, em 2015, esse patamar subiu para 42,2 mortos.
A reportagem explica que os números são crescentes em todo o País,
praticamente, porém, alguns estados se destacam na piora demasiada dos
índices de mortes violentas. Além do ceará, o campeão no ranking da
violência, segundo o estudo, se destacam negativamente também os
estados do Amazonas (com variação de 107,29), Maranhão (103,21), Rio
Grande do Norte (97,51), Goiás (97,34), Paraíba (94,93) e Rio Grande do
Sul (70,25).
Violência
Diante do cenário de violência no estado, o senador cearense Eunício
Oliveira (PMDB), utilizou a ordem do dia no Senado, nesta terça-feira
(15), para lamentar o quadro de completa insegurança no Ceará.
“Infelizmente, o meu estado é o campeão da violência. Não sou eu que
estou dizendo isso, é a reportagem publicada que se baseia nos números
oficiais do Páis”, ressaltou.
Ele informou que, diante da crise da Segurança no País, vai acelerar a
apreciação pelo Congresso Nacional das propostas que visem o combate à
violência e à criminalidade. Junto com o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, Oliveira vai criar uma comissão que irá tratar
do assunto para por na pauta de votações, o mais breve possível, tais
projetos.
Entre as propostas estão a de endurecimento nas leis para a punição
do crime organizado, especialmente, os crimes praticados por facções
criminosas, como as que hoje atuam no Ceará, deixando um rastro de
sangue. Em apenas sete meses de 2017, já são cerca de três mil
homicídios no estado, crimes que só aumentam no dia a dia por conta da
disputa das facções por territórios e o predomínio na venda de drogas.