sábado, 22 de julho de 2017

Gasolina chega a R$ 4,09 na Capital

Image-0-Artigo-2272909-1
O decreto assinado pelo presidente Michel Temer elevando as alíquotas de PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol foi publicado nesta sexta-feira (21) no Diário Oficial da União (DOU) e já começou a refletir no bolso do fortalezense. Ainda pela manhã, diversos postos de combustíveis da Capital elevaram os preços cobrados ao consumidor, mesmo aqueles estabelecimentos que ainda tinha estoque.

Enquanto alguns mantiveram os preços e tiveram carros enfileirados à espera de atendimento nas bombas, outros postos que cobravam R$ 3,59 pelo litro da gasolina na noite de quinta-feira (20) já amanheceram a sexta-feira vendendo o combustível a R$ 3,96. Em outros postos, o aumento foi ainda mais forte e o valor do litro gasolina comum chegou a R$ 4,09.

"Com todos esses impactos, de acordo com a cadeia de distribuição, que vai desde a refinaria até os postos de fato, estimo que a gasolina e o diesel cheguem às bomba com reajuste de 10%. Se pegarmos o preço médio da gasolina hoje, que está em R$3,90, passaremos a pagar mais de R$ 4,00 por um litro de combustível. É uma alta considerável", afirma Bruno Iughetti, consultor na área de petróleo e gás.

Variações agravam

O peso do combustível para o consumidor deve ficar ainda mais intenso, uma vez que, além do aumento do imposto, existem ainda as variações quase diárias no valor dos produtos vendidos pela Petrobras às refinarias. O consumidor mal digeriu a alta dos tributos e a Petrobras já anunciou um novo aumento do valor do diesel e da gasolina nas refinarias, que entrou em vigor neste sábado. Para a gasolina, o reajuste foi de 1,4%. No caso do diesel, a alta foi de 0,2%.

"Esses reajustes podem ajudar a piorar e pode ajudar a melhorar a situação. Desde o início dos novos critérios, tivemos oito ajustes, sendo seis baixas e apenas duas altas. Mas se fosse haver um reajuste hoje, seria aumento", explica Iughetti.

Segundo o consultor, isso se deve ao fato de o petróleo estar com os preços majorados no mercado internacional, e o preço do petróleo é um dos fatores preponderantes para reajuste.

"Esses reajustes podem ajudar a piorar e pode ajudar a melhorar a situação. Desde o início dos novos critérios, tivemos oito ajustes, sendo seis baixas e apenas duas altas. Mas se fosse haver um reajuste hoje, seria aumento", explica Iughetti. Segundo o consultor, isso se deve ao fato de o petróleo estar com os preços majorados no mercado internacional, e o preço do petróleo é um dos fatores preponderantes para reajuste.

"No entanto, acredito que a Petrobras não promoverá esse repasse a curto prazo, não até que seja digerido esse aumento do Pis e Cofins", esclarece.

Repasse cabe ao posto

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos) divulgou nota afirmando "que essa alta deve ser repassada para o consumidor, mas cabe a cada posto revendedor estabelecer seus critérios, já que o mercado dos combustíveis é livre em toda a sua cadeia e se auto-regula, de acordo com a concorrência entre seus agentes".
 
Nova tributação

No caso do PIS/Cofins, o imposto sobre o litro da gasolina passará de R$ 0,38 para R$ 0,79, representando um aumento de R$ 0,41 se a elevação for totalmente repassada para o consumidor. Já o PIS/Cofins do etanol, hoje zerado, vai a R$ 0,19. O litro do diesel poderá ficar R$ 0,22 mais caro, já que alíquota subirá de R$ 0,24 para R$ 0,46.

De acordo com a equipe econômica, o aumento da tributação sobre os combustíveis irá gerar, durante o restante do ano de 2017, uma receita adicional de R$ 10,4 bilhões.