A
Força Tarefa da Lava Jato quer mais anos de xilindró para Sérgio Cabral
e quer que sua mulher seja condenada na ação pela qual Sérgio Moro a
absolveu hoje.
Eis o que este blog acaba de recebe da Força Tarefa:
“A publicação, nesta terça-feira, dia 13 de junho, de sentença
condenatória na Ação Penal nº 063271-36.2016.404.7000 demonstra o
funcionamento célere e efetivo do Poder Judiciário e a a condução
imparcial e responsável dos processos criminais da operação Lava Jato pela Justiça Federal.
Em relação à absolvição de Adriana de Lourdes Ancelmo e Mônica Araújo Macedo Carvalho, a força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) irá apresentar recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por entender que as provas produzidas demonstram que Adriana e Mônica participaram dos crimes cometidos de forma consciente.
Adriana Ancelmo é mulher de Sérgio Cabral. Já Mônica Araújo Macedo Carvalho se explica assim:
O ex-secretário de governo Wilson Carlos, apontado
por delatores da Operação Lava Jato como ‘operador administrativo’ de
Sérgio Cabral (PMDB), gastou R$ 1.646.526,95 no cartão de crédito entre
2007 e 2015, segundo relatório do Ministério Público Federal com dados
da Receita Federal. Se somados R$ 459.266,20 das despesas da mulher de
Wilson Carlos, o valor vai a R$ 2.105.793,15.
“O casal Wilson Carlos e Mônica Araújo gastou ao todo
R$ 2.105.793,15, dando uma média de R$ 19.498,08 por mês. Chama a
atenção o valor dos gastos com cartão de crédito pelo casal Wilson
Carlos Cordeiro da Silva Carvalho e Mônica Araújo Macedo Carvalho, uma
vez que sempre se aproximam da renda total declarada no Imposto de Renda
de Pessoa Física, chegando muitas vezes a extrapolá-la”, afirmou a
Procuradoria da República.
O Ministério Público Federal também irá pedir ao Tribunal o aumento significativo das penas aplicadas aos condenados no processo.
Isto é: acham que Moro foi brando com Cabral.
Para entender:
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio
Cabral (PMDB-RJ) foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 14 anos e
2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava
Jato, da Polícia Federal.
O peemedebista foi acusado de receber pelo
menos R$ 2,7 milhões em propina da Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011,
referente as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj), da Petrobrás. Foi determinado regime fechado para o início de
cumprimento da pena.
“Entre os crimes de corrupção e de lavagem,
há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a catorze
anos e dois meses de reclusão, que reputo definitivas para Sergio de
Oliveira Cabral Santos Filho”, decretou Moro.
O magistrado também acrescentou multa ao
ex-governador. “Considerando a dimensão dos crimes e especialmente a
capacidade econômica de Sérgio Cabral ilustrada pelo patrimônio
declarado de quase R$ 3 milhões e, que considerando o examinado nesta
sentença, certamente é maior, fixo o dia multa em cinco salários mínimos
vigentes ao tempo do último fato delitivo (05/2014)”, disse Sérgio Moro
sobre a multa destinada a Cabral.
Por falta de prova, a ex-primeira-dama Adriana de Lourdes Ancelmo
foi absolvida dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Também foram condenados o
ex-secretário do governo do peemedebista Wilson Carlos Cordeiro da Silva
Carvalho ( 10 anos e 8 meses) de prisão e o sócio do ex-governador,
Carlos Miranda (10 anos).