Com
expectativa de público de 30 mil pessoas, o show que a dupla sertaneja
Chitãozinho & Xororó fez no último domingo, no Dia das Mães, em
Várzea Grande, no Mato Grosso, ficou praticamente vazio. Nas redes
sociais, a apresentação virou piada com internautas dizendo que não
tinha nem 200 pessoas no lugar.
Procurado pela reportagem do UOL, o secretário de
Comunicação Social de Várzea Grande, Pedro Marcos Campos Lemos, assumiu
que o público ficou aquém do esperado, mas citou números da Polícia
Militar, que estimou entre 1.500 a 2.000 pessoas. “Era uma apresentação
de porteira aberta [grátis]. Não era para ter ficado vazio assim.
Assumimos o erro”, afirmou Pedro Marcos.
A apresentação foi custeada, de acordo com o secretário, por emendas
parlamentares da Assembleia Legislativa do Mato Grosso como um “presente
para o aniversário de 150 anos” do município, celebrado na
segunda-feira (15).
O show ocorreu dentro das dependências do Centro Universitário de
Várzea Grande (Univag) e a dupla sertaneja tocou por quase duas horas,
conforme o combinado no contrato. Antes, outras três duplas locais já
tinham se apresentado por lá. O problema, no entanto, foi o baixo
comparecimento do público. No ano passado, por exemplo, Chitãozinho
& Xororó tocou no mesmo lugar para mais de 30 mil pessoas. Na semana
anterior, Wesley Safadão levou outras 25 mil pessoas.
Para o secretário, o baixo comparecimento do público se deve a vários
fatores. “Foi no Dia das Mães e as pessoas preferiram ficar em casa.
Além disso, o show ocorreu no domingo e, embora segunda-feira fosse
feriado em Várzea Grande, não era feriado na vizinha Cuiabá [a apenas 7
km de distância], de onde viria a maior parte do público”, justificou.
Para o secretário, a escolha da atração também pode ter influenciado.
“Este tipo de evento atrai muitos jovens, porém Chitãozinho & Xororó
não tem tanta penetração entre eles quanto um Wesley Safadão”,
lamentou.
Pedro Marcos apressou-se em dizer também que o município gastou o
mínimo possível com o evento, já que a entrada foi grátis, a verba veio
de emendas parlamentares e de patrocínios, além do local escolhido ter
sido o pátio de uma universidade particular. “Talvez, se tivéssemos
feito no sábado, seria melhor. Mas não quero ficar colocando a culpa em
ninguém. Foi um problema que aconteceu, não dá para justificar”. O
secretário, no entanto, não soube estimar quando foi gasto na festa.
Uol