Goleiro Bruno assinou termo de compromisso na polícia para se
entregar definitivamente quando houver um mandado expedido
(Foto: Arquivo - Estadão Conteúdo)
O goleiro Bruno se apresentou à polícia no fim da tarde desta
terça-feira após a revogação da liminar o que mantinha solto desde o
final de fevereiro. Ele se entregou pouco antes das 18h na Delegacia
Regional de Varginha, no sul de Minas Gerais.
No entanto, como
ainda não há mandado de prisão expedido, o goleiro retornou para casa.
Ele assinou um termo se comprometendo a se entregar definitivamente
quando existir o documento.
O único a votar contra foi o ministro Marco Aurélio Mello, que havia
concedido o Habeas Corpus para a liberação do goleiro. Alexandre de
Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux foram a favor do retorno à cadeia. Eles votaram após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em
2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou Bruno
pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo
sequestro e cárcere privado do filho.
O goleiro foi solto com a liminar
de Marco Aurélio, após cumprir seis anos e sete meses de detenção em
regime fechado.
"O próprio corpo de jurados assentou a crueldade
do crime, a impossibilidade de defesa da vítima, a tortura, as
mutilações e as degradações do corpo e o pior, da memória, já que o
corpo não foi encontrado", ressaltou Fux. "Estamos diante de um crime
hediondo. Não se dá liberdade provisória a crime hediondo, são fatos
gravíssimos. Casos como esse merecem um tratamento diferenciado",
concluiu Fux.
Logo após ser solto, Bruno assinou contrato com o Boa Esporte e disputou cinco jogos pelo clube mineiro (veja fotos da atuação dele) que atua na segunda divisão do campeonato estadual e também na Série B do Brasileirão.