A principal função deles é preservar a
segurança. Porém, os agentes de segurança parecem ter se tornado alvo
preferido de criminosos. Ataques em delegacias, assaltos ou reação a uma
abordagem policial frequentemente são pautas em jornalísticos. De
acordo com a Associação dos Profissionais da Segurança (APS),
entre janeiro e abril deste ano, seis agentes foram mortos no Ceará. No
mesmo período no ano passado foram cinco casos. Em comparação com o
mesmo período em 2015, o número dobrou. Naquele ano três profissionais
tinham sido assassinados.
O crime mais recente aconteceu no bairro Serrinha, em Fortaleza.
A vítima, o sargento Márcio Franklin Rodrigues Braz foi morto durante uma tentativa de assalto no último sábado (1). O
primeiro crime ocorrido este ano foi no dia 27 de janeiro, quando o
cabo da Polícia Militar Arlindo da Silva Vieira Filho foi assassinado no
bairro Henrique Jorge, em Fortaleza, durante uma tentativa de assalto.
Na época, o secretário de Segurança André Costa causou polêmica ao
declarar ofensiva aos criminosos: “A gente tomou a decisão de
partir pra cima do crime. De agir com força contra esses covardes, esses
bandidos covardes que estão todo dia apontando arma na cabeça do
cidadão. A gente oferece duas coisas pro bandido: se ele quiser se
entregar a gente oferece a Justiça, se ele quiser puxar um uma arma, a
gente tem o cemitério pra oferecer a ele”, disse.
Os números da Associação de Profissionais
da Segurança (APS) consideram policiais civis, militares e Corpo de
Bombeiros. Entre janeiro e abril deste ano, cinco policiais militares e
um bombeiro foram assassinados. Em 2016, todas as vítimas mortas eram
policiais militares. Em 2015, dois soldados da Polícia Militar e um
inspetor da Polícia Civil foram mortos no período.
De acordo com o levantamento da Associação
de Profissionais da Segurança (APS), considerando os crimes contra os
agentes entre 2015 e 2016, pode-se afirmar que os casos dobraram.
Enquanto em 2015 foram 15 mortes durante todo o ano, no ano passado
foram 34 casos.