O carnaval de 2017 veio com diferentes campanhas pelo respeito às
mulheres e pelo fim de atitudes como beijo forçado, passada de mão,
agressões físicas e verbais durante o carnaval.
Ao vivo ou pelas redes sociais, muitas mulheres e também homens aderiram
a campanhas para que a alegria do carnaval não seja sinônimo de
violência e assédio sexual.
Na Câmara, deputadas e deputados também reforçam o apelo para que o carnaval seja motivo de alegria, mas não de abuso.
A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal, que é da Bahia, onde blocos
carnavalescos costumam atrair multidões todos os anos, explica que as
campanhas são importantes pela dignidade feminina e por uma folia sem
assédio. “Nós adotamos o slogan ‘Respeita as mina’ porque, diante da
festa, não podemos permitir que ela seja um convite ao assédio, à
agressão, que infelizmente as estatísticas comprovam que fazem parte do
cotidiano de muitas brasileiras.”
A deputada lembrou que em 2015 a estatística, com o cronômetro da
violência, mostrou que um estupro ocorre no Brasil a cada 11 minutos, um
espancamento a cada dois minutos e um feminicídio a cada 90 minutos. “É
algo assustador.”
Além das campanhas divulgadas por coletivos de mulheres, algumas
entidades públicas e de governo também lançaram peças voltadas à
dignidade feminina.
Blog do Eliomar