O PDT lançou oficialmente nesta terça-feira, 17, o deputado federal André Figueiredo (CE)
como candidato à presidência da Câmara. Sem apoio declarado dos outros
partidos da oposição, o parlamentar cearense ainda tenta, porém, atrair
essas legendas, principalmente do PT e do PCdoB.
A candidatura de Figueiredo foi anunciada durante ato na sede da
legenda, na capital federal, e faz parte da articulação do partido para pavimentar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à presidência da República em 2018. Ciro, porém, não esteve presente no lançamento, pois está dando palestra em Boston (EUA).
André Figueiredo (CE) afirmou que, se eleito, pautará a discussão da reforma da Previdência, mas não aceitará a retirada de direitos adquiridos dos trabalhadores.
"Não admitiremos tirar o direito de quem já não tem nenhum", afirmou em
entrevista coletiva, após o lançamento da candidatura. Ele defendeu
também que a discussão da reforma seja feita de forma clara e "sem
afogadilhos". "Vamos discutir. Não seria votado no primeiro ou no
segundo mês", disse.
Para o parlamentar cearense, por exemplo, é um "absurdo"
estabelecer idade mínima para se aposentar para pessoas que não têm
expectativa de vida compatível com a idade mínima, como exemplo,
trabalhadores rurais.
Relação com Temer
Figueiredo afirmou que, apesar de ser da oposição, pretende ter uma relação "respeitosa" com o presidente Michel Temer (PMDB). "Ele sabe que questiono os métodos como ele chegou à presidência mas não vamos voltar a bater nessa tecla", disse.
O deputado do PDT lembrou que teve uma boa relação com Temer quando era
líder do PDT na Câmara durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, o peemedebista ainda era vice-presidente da República.