O ex-jogador de futebol cearense José Milton Azevedo da Silva, 41 anos, foi morto a tiros no bairro Jardim Guanabara,
na noite deste sábado (14), por volta das 21h30. A informação foi
confirmada pelo tenente coronel Solonildo, responsável pela área.
O atacante Miltinho, como era conhecido, foi socorrido e levado para o
Frotinha do Antônio Bezerra, mas já chegou ao hospital sem vida. Segundo
a família, o ex-jogador foi atingido com dois tiros no tórax. Ainda não
há informações sobre as causas do homicídio.
De acordo com Wânia Azevedo, 44 anos, irmã do atacante, Miltinho
iniciou sua carreira profissionalmente em 1996 no Portuguesa Futebol
Clube, a Portuguesa do Crato. Jogou no Fortaleza em
1998, 2000 e 2001; e no Tiradentes-CE, em 2007. Mas foi na Paraíba que o
jogador fez carreira sólida, vestindo as cores de times como Miramar,
Auto Esporte, Botafogo-PB, Campinense, Nacional de Patos, Sousa, Esporte
e Treze. O ex-jogador foi inclusive bicampeão paraibano com as camisas de Sousa (2009) e Treze (2010).
Ele também teve passagens por times pernambucanos como
o Náutico, o Santa Cruz, o Ypiranga-PE e o Unibol Pernambuco. "Ele foi
artilheiro no Naútico, teve uma passagem importante por Pernambuco",
complementou Wânia Azevedo.
A última atuação profissional do jogador foi aos 37 anos, no Nacional
de Patos. Desde o retorno a Fortaleza, há quatro anos, Miltinho
manteve-se dedicado ao esporte, desta vez treinando crianças e
adolescentes e promovendo competições de futebol na Areninha Thauzer
Parente, no bairro Quintino Cunha, onde residia. Segundo Wânia, o
ex-jogador atendia cerca de 50 crianças, entre 8 e 13 anos. "O trabalho
dele sempre foi voltado para o esporte. Na Areninha, ele treinava os
meninos, sempre vislumbrando futuros jogadores, participando de
torneios, descobrindo talentos mesmo", completou.
O sepultamento será neste domingo (15), no Cemitério Jardim do Èden, na Pacatuba, às 15h30.
Repercussão
A morte de Miltinho foi divulgada no Facebook pelo ex-jogador Cícero
Cesar. O atleta lamentou o assassinato do amigo e prestou solidariedade a
família.
Lúcio Rodrigues, que jogou com Miltinho no Nacional de
Patos em 2013, soube do ocorrido ainda na noite de sábado (14). "Alguns
amigos próximos me ligaram e falaram da morte dele. Ainda socorreram,
mas infelizmente não resistiu", lamenta. Ultimamente, o contato entre
Lúcio e a vítima era restrito a algumas partidas de futebol na Areninha
do Quintino Cunha. "De vez em quando a gente se encontrava e batia uma
bola lá", lembra.
O colega desconhece as causas do homicídio de Miltinho, mas comenta que essa não foi a primeira vez
que ele foi baleado. "Há uns anos atrás ele já tinha levado uns
disparos nessa mesma área em que ele morava, e sobreviveu. Mas dessa vez
não teve sorte", diz.