Contrária ao fechamento das 19 agências do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), anunciado no último dia 13,
a Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB) entende que a
medida reflete o desmonte das instituições públicas. Para a
diretora-presidente da AFBNB, Rita Josina, o governo federal trabalha
com a política de "estado mínimo".
"O fato é de
se lamentar e exige mobilização contra a medida. Para instalar uma
agência, são aportados estudo de mercado, aluguel de prédios,
tecnologia, investimento em pessoal, publicidade, dentre outros itens. A
reversão em pouco tempo, como é o caso, expressa sim, gasto público",
afirma Rita.
A diretora-presidente sustenta que,
por tabela, a medida caracteriza desmonte já que a categoria tem
acompanhado o mesmo em outras instituições. "A gente entende que as
medidas de ajuste vão na contra-mão da contratação de novos
trabalhadores e da abertura de agências", continua. Conforme a AFBNB,
houve paralisão em todas as unidades do banco na última sexta-feira,
20.
Com 300 agências espalhadas, o comunicado
do fechamento diz que "as medidas alinham-se às demandas e desafios
apresentados por clientes, investidores e sociedade". Ainda conforme
comunicado, as medidas "ocorrem como resposta a um cenário cada vez mais
desafiador".
No último dia 18 enviou, a AFBNB
enviou e-mail à Bancada Nordestina no legislativo federal, sobre o
encerramento de quatro agências no Ceará - duas delas em Fortaleza, uma
em Juazeiro do Norte e uma em Sobral. Os números estão abaixo somente
das unidades da Bahia.
RUBENS RODRIGUES