Washington Hillary Clinton e Donald Trump iniciaram na sexta-feira (4)
uma maratona por um punhado de estados para tentar mobilizar e convencer
os últimos indecisos a votar nas eleições presidenciais americanas, na
terça-feira (8).
A ex-secretária de Estado tem uma pequena vantagem nas pesquisas, mas a
polêmica que continua a respeito de seus e-mails deu um impulso ao
magnata, que há 16 meses surpreende todos os prognósticos.
"Como Hillary pode gerenciar este país quando nem mesmo pode gerenciar
seus e-mails?" - questionou Trump em New Hampshire, um dos estados
disputados.
Se chegar à Casa Branca, a democrata "provavelmente estará muito tempo
sob investigação, que terminará em um julgamento", afirmou o
republicano, que recuperou-se e conseguiu situar-se 1,5 ponto à frente
da adversária neste estado do nordeste americano.
Média
A média das pesquisas nacionais mostra Hillary com 45,3% das intenções
de voto, frente a 42,7% para Trump, enquanto outros dois candidatos de
partidos menores reúnem 8,2%, segundo o site Real Clear Politics: um
final de suspense para uma campanha marcada por acusações e pela
ausência de um debate político sério.
Enquanto o impetuoso Trump tempera seu discurso e se mostra mais
disciplinado, a experiente, mas às vezes rígida Hillary, se cerca de
celebridades, em um clamor urgente à mobilização do voto jovem e negro, a
parte primordial de sua base de apoio.
A candidata democrata encerrou a sexta-feira na companhia do rapper Jay
Z e sua esposa, Beyoncé, em Cleveland, no disputado estado de Ohio
(norte).
Hillary e Trump lutam cabeça a cabeça em Ohio e Pensilvânia, que
juntamente com Michigan (norte) constituem o antigo centro industrial
dos Estados Unidos e são a chave nestas eleições.
Mas vença quem vencer, a mesma pesquisa revelou que a maioria dos
americanos está enojada com o baixo nível da política e muitos têm
sérias dúvidas que algum possa unificar o país após uma campanha
historicamente tóxica.
Senado
Enquanto Hillary e Trump monopolizam as atenções, outra batalha áspera é
travada no Congresso americano, onde o Senado pode voltar para as mãos
do Partido Democrata. Atualmente, as duas câmaras - o Senado e a Câmara
de Representantes - estão em poder do Partido Republicano, e por isso a
disputa pelo controle do Capitólio é fundamental para garantir a
estabilidade do novo presidente ou para colocar obstáculos a sua ação.