sábado, 29 de outubro de 2016

Último debate na TV tem clima acirrado com acusações

Após uma sequência de debates acirrados neste segundo turno, os dois candidatos à Prefeitura de Fortaleza estiveram frente a frente, na noite de sexta-feira, na TV Verdes Mares, onde participaram do último encontro televisivo antes da votação deste domingo (30). Capitão Wagner (PR) e Roberto Cláudio (PDT) discutiram temas como mobilidade urbana, saúde, educação e outros. Ao Diário do Nordeste, eles também fizeram avaliação positiva das campanhas e demonstraram otimismo quanto ao resultado das urnas.
O debate, mediado pelo jornalista Luiz Esteves, teve três blocos, nos quais os dois postulantes trocaram perguntas e respostas sobre temas livres e também temas determinados. Antes do início do programa, dezenas de apoiadores de Roberto Cláudio fizeram bandeiraço e entoaram palavras de ordem em frente ao prédio da emissora. Antes, parte deles já estava no cruzamento das Avenidas Antonio Sales e Desembargador Moreira, no bairro Dionísio Torres.

Apoiadores da candidatura do Capitão Wagner também marcaram presença, embora em menor número. Apesar de trocas de provocações verbais entre os dois grupos, a convivência foi pacífica na maior parte do tempo. Um esquema policial fez a segurança dos manifestantes.

Os dois candidatos chegaram à TV Verdes Mares quase no mesmo horário, pouco depois das 21h. Capitão Wagner avaliou que a estratégia adotada na campanha foi “correta”, mas fez críticas à postura de militantes do adversário. “Uma campanha que, na televisão, se mostra limpa e que nas redes sociais não tem o mesmo viés não pode ser utilizada como está sendo para denegrir nossa imagem, com militantes sendo pagos para nos agredir. Aqui na porta da TV vários militantes pagos (estavam) bebendo e agredindo o candidato adversário”, reclamou.

Máquinas
Confiante, ele disse, ainda, acreditar que no domingo celebrará “uma grande vitória”. No camarim, Capitão Wagner fez uma transmissão ao vivo no Facebook na qual afirmou que sua candidatura venceria “quatro máquinas”. “As quatro máquinas que estão bem alinhadas são o Governo do Estado, a Prefeitura, a Assembleia e a Câmara Municipal, que estão alinhadas desde o primeiro momento, e a gente não tem nenhuma dessas máquinas à nossa disposição. A máquina mais forte que a gente tem é a vontade do povo, é a vontade de se libertar”, explicou depois.

Apoiado por dois dos três senadores da bancada cearense no Senado Federal, Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício Oliveira (PMDB), ele sustentou que o peso do apoio dos dois parlamentares é diferente das “máquinas” que atuam em prol da campanha do pedetista. “É o peso que traz o tempo de televisão que me trouxe no primeiro turno, é o peso que vai me ajudar na gestão a buscar os recursos para administrar a cidade, mas você vê que nenhum recurso dos senadores foi destinado para a campanha”.

Futuro
Roberto Cláudio, por sua vez, ao analisar a disputa, disse que se manteve fiel a uma campanha limpa, propositiva e conectada com os problemas da cidade. O último debate, segundo ele, seria aproveitado para discutir, sozinho ou junto com o adversário, realizações da atual administração e o futuro de Fortaleza.

“Em todos os debates, eu só fiz pergunta propositiva. Sempre. Sobre temas genéricos, sobre situações importantes da cidade, para que o meu adversário pudesse expor o que pensa e eu também. Infelizmente, fui recorrentemente atacado”, lamentou. “Acho que a cidade, quando está nos acompanhando, não quer troca de acusações. O que as pessoas querem é uma visão moderna, de futuro para Fortaleza”, completou o prefeito.

O pedetista salientou, também, que a campanha serviu como “instrumento de aprendizagem” para, caso seja reeleito, “refinar o governo”. “Para manter as coisas boas e melhorar o que não está funcionando como a gente quer”, argumentou. Feliz, ele afirmou que, no domingo, “é rezar, tomar um café da manhã, votar e esperar o resultado”.

Fonte: Diário do Nordeste