"Estarei com ela (Dilma) aconteça o que acontecer. Eu sei e, poucas
vezes me enganei na vida, que ela é séria”. A afirmação foi feita pelo
ex-ministro da educação e ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), em
Brasília.
Cid, juntamente com o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado José Albuquerque, está fazendo articulações pró-governo dentro do PDT e também em legendas aliadas.
“O PDT, hoje, tem uma ampla maioria contra o impeachment. O que
defendemos é que essa seja uma posição de partido”, destacou, reforçando
que a cúpula partidária deve se posicionar sobre a possibilidade de
punição aos infiéis.
Com a articulação, Cid tem tido livre acesso ao Palácio do Planalto
nos últimos dias. Ainda na sexta-feira (15), o ex-governador disse ter
conversado com Dilma e que ela estava confiante. Questionado se o irmão e
ex-ministro Ciro Gomes estaria também nas articulações em busca de
votos contra o impeachment, Cid disse que sim, mas “por telefone”. De
acordo com o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, Ciro está no
Ceará. Os líderes do PDT cearense permanecerão em Brasília “por quanto
tempo precisar”.
Crítica ao PMDB
O ex-chefe do Executivo Estadual reforçou a defesa de Dilma e voltou a
fazer críticas ao PMDB, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao
vice-presidente Michel Temer. “As pessoas estão insatisfeitas, isso é
uma coisa. Outra é você querer tirar a Dilma, sem crime, para colocar
uma pessoa que é chefe de um partido que funciona como uma quadrilha, no
achaque e no fisiologismo. Isso é um descaminho para o Brasil. Tirar
uma pessoa séria e colocar uma, no mínimo, duvidosa”.