segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Janeiro de 2016 registra mais que o dobro de chuvas da média histórica no Ceará

Janeiro fechou com aumento de 103% nas chuvas em todo o Ceará, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A média histórica para o mês era de 98.7 milímetros, mas foram registrados 200.7 milímetros. As maiores precipitações do mês ocorreram no dia 21, em Crateús, com 166 milímetros; e no dia 7, em Amontada, com 155 milímetros.

Historicamente, a estação chuvosa do Ceará começa em fevereiro e segue até maio por mudanças climáticas na zona de convergência intertropical, a qual o estado está situado.

O prognóstico climático de 2016, anunciado pela Funceme no dia 20 de janeiro, reforça a tendência da quadra chuvosa dos últimos 4 anos para os meses de fevereiro a abril de 2016.

Pesquisadores do órgão indicam que existe probabilidade de 65% de chuvas abaixo da média no Estado, 25% de chuvas em torno da média e 10% de chuvas acima da média do período.

Reservatórios

Os 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh-CE) apresentam volume armazenado de 12,9%. Em 1º de fevereiro do ano passado, esse percentual era de 19%.

Houve aumento de volume em 37 açudes, permitindo que 11 deixassem o volume morto e que outros 10 deixassem de estar secos.

Atualmente, os maiores volumes de água estão distribuídos nas bacias do Litoral (36,08% ), Alto Jaguaribe (30,36%) e Coreaú (30,43%). As bacias com menor volume de águas são do Sertões de Crateús (4,64%), Curu (2,93%) e Baixo Jaguaribe (0,25%).

Apenas a barragem de Caldeirões, em Saboeiro, e o açude Trici, em Tauá, estão sangrando. Os dois reservatórios ficam localizados na Bacia do Alto Jaguaribe. Já o açude Colina, em Quiterianópolis, no Sertão de Crateús, está com capacidade acima de 99%.

Apesar das intensas chuvas da pré-estação em todo o estado, 128 açudes cearenses estão com volume inferior a 30% da capacidade total.
DN Online