SAN BERNARDINO, EUA - Um tiroteio deixou pelo menos 14
mortos e 14 feridos em um centro de serviço social na cidade de San
Bernardino, a cerca de 100 quilômetros de Los Angeles, na Califórnia,
segundo informações do chefe da polícia local, Jarrod Burguan. A
porta-voz da polícia de San Bernardino, Vicki Cervantes, afirmou à
imprensa que existem até três atiradores à solta, segundo o "Los Angeles
Times".
As
autoridades informaram que ainda não sabem a motivação do crime, nem se
foi um atentado terrorista. Agentes policiais, do FBI e da SWAT
cercaram a área da South Waterman Avenue, onde fica o Inland Regional
Center, escritório que atende pessoas com deficiência. O ataque foi no
centro de conferência do prédio, de acordo com a diretora da entidade,
Lavinia Johnson. Ele afirma que funcionários do Departamento de Saúde
Pública organizavam uma confraternização de fim de ano no ambiente.
Segundo Cervantes, os suspeitos estão fortemente armados e
possivelmente usando coletes à prova de balas. Os agentes revistam o
prédio de porta em porta, segundo a porta-voz. Testemunhas disseram às
autoridades que viram dois homens com máscaras de esqui e colete
chegando em um carro SUV preto. Há relatos de que eles fugiram no mesmo
veículo.
— Essas pessoas vieram preparadas. Eles estavam armados com armas longas, não armas de mão — apontou Burguan.
— Vários atiradores entraram e começaram a atirar — disse Cervantes,
de acordo com o "NYT". — Fomos avisados que pelo menos um deles pode ter
fugido do local em um SUV preto.
As autoridades receberam o chamado de socorro às 11h no horário local
(17h no horário de Brasília). Uma fonte da polícia afirmou que a equipe
antibombas encontrou um pacote suspeito no segundo andar do prédio e
vai usar um robô para intervir.
O
presidente americano, Barack Obama, foi informado de imediato sobre o
incidente por sua conselheira de Segurança Interna, Lisa Monaco, que o
está mantendo informado dos acontecimentos.
— A única coisa que sabemos é que temos um padrão de tiroteios em
massa no país que não tem comparação no mundo — declarou o presidente ao
saber do incidente.
Ao saber do episódio, Hillary Clinton, concorrente da candidatura à Presidência dos EUA, escreveu no Twitter:
"Eu me recuso a aceitar isso como normal. Devemos agir para parar a violência das armas agora", escreveu.
A polícia orientou pelo Twitter que área onde acontece a operação
fosse evitada. Marcos Aguilera disse à rede de TV KABC-TV que sua esposa
estava no local na hora do tiroteio. Ele afirmou que um atirador entrou
no prédio e abriu fogo contra as pessoas:
— Ela se trancou no escritório dela. Eles viram corpos no chão — contou o homem à emissora.