Quatro pessoas morreram soterradas em um deslizamento de terra durante um forte temporal que atingiu o bairro Mirante da Lagoa, em Itapecerica da Serra (Grande SP), na noite de anteontem. As vítimas são três mulheres e uma criança. Outras três pessoas ficaram feridas. O acidente ocorreu quando uma casa que estava na parte de cima do barranco cedeu sobre outro imóvel, segundo os bombeiros. A recepcionista Marisa Morchiela, 47, foi achada com os braços sobre a neta Maria Luísa, de 1 ano e 8 meses, como forma de protegê-la. Marisa morreu e a criança saiu do acidente com vida.
Segundo a Secretaria Municipal da Habitação, 2.500 pessoas moram na área, um loteamento irregular. Na casa de cima estavam a cabeleireira Sheyla Rodrigues, 23 anos, o marido, Reinaldo Nascimento, 23 anos, e a filha do casal, Hillary, 3 anos. Mãe e filha morreram. O jovem foi resgatado com vida.
Na casa de baixo estavam a recepcionista Marisa Morchiela, 47 anos, sua filha, Yasmim Morchiela, 19 anos, e a filha dela, Maria Luísa, 1 ano e 8 meses. Marisa morreu protegendo a neta, que teve apenas escoriações Yasmim estava desaparecida até as 19h de ontem. Seu corpo foi achado quase 24 horas após o acidente.
FERIDOS
Uma terceira casa foi atingida, a do irmão de Nascimento. Ellen Cardoso, 19 anos, cunhada de Sheyla, estava no local e foi socorrida. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, tanto Ellen quanto Nascimento chegaram ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra com múltiplas fraturas, mas apresentavam quadro estável até a conclusão desta edição. Na manhã de ontem, a Defesa Civil interditou 38 casas nas redondezas do acidente, porque ainda havia risco de deslizamentos na área. Ficaram desalojadas 160 pessoas —a maioria foi para a casa de parentes.
NOS BRAÇOS
Familiares disseram que a recepcionista Marisa Morchiela, 47, foi achada com os braços sobre a neta Maria Luísa, de 1 ano e 8 meses, como forma de protegê-la. "Dona Marisa, não tenho nem palavras. Era a estrutura da nossa família. Ela ajudava, dava conselhos. Nunca deixou de fazer nada pelos filhos, pelos netos. Tanto é que morreu pela neta", diz a dona de casa Miriam de Assis, 29 anos, nora de Marisa.
Maria Luísa teve arranhões e já teve alta. Familiares afirmaram que a vítima chegou a ligar de seu celular para o pronto-socorro em que trabalhava para pedir ajuda. "É muito triste. A gente tinha uma família muito unida", disse a professora Silvia Morchiela, irmã da recepcionista. Marisa deixa marido, três filhos e quatro netos.
Ao ouvir gritos e o barulho do deslizamento, vizinhos saíram de casa para tentar ajudar as vítimas retirando escombros e lama da área. "O pessoal começou a ajudar, mas estava chovendo muito", contou a auxiliar de logística Charlene Albuquerque, 33 anos. "Está todo mundo assustado, ninguém consegue dormir direito."
Muitos dos vizinhos eram amigos ou parentes das vítimas, como a diarista Edna Aparecida Seixas, 27 anos, que teve a casa interditada ontem. "É uma tragédia. Nunca pensa que vai acontecer com a gente."
DEFESA CIVIL
O grande volume de chuva e obras que estariam sendo realizadas em uma casa vizinha podem ser os motivos que provocaram o deslizamento de terra em Itapecerica da Serra, segundo informou a Defesa Civil da cidade.
O órgão disse que choveu na região do desabamento 85 mm em uma hora, quantidade considerada muito acima do normal. "Segundo moradores, parece que um vizinho estava fazendo uma fossa", disse o secretário de Defesa Civil, Mauricio Rocha. Ele afirmou que a área é de risco, mas constantemente monitorada pela Prefeitura.
Ontem, técnicos da administração municipal e do IGC (Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo) estiveram no local e apontaram que há riscos de novos deslizamentos. Por conta disso, os bombeiros tiveram de trabalhar com muita cautela no resgate das vítimas, com equipes de 25 homens, que atuavam por meia hora e descansavam por uma hora.
Segundo a Secretaria Municipal da Habitação, 2.500 pessoas moram na área, um loteamento irregular. Na casa de cima estavam a cabeleireira Sheyla Rodrigues, 23 anos, o marido, Reinaldo Nascimento, 23 anos, e a filha do casal, Hillary, 3 anos. Mãe e filha morreram. O jovem foi resgatado com vida.
Na casa de baixo estavam a recepcionista Marisa Morchiela, 47 anos, sua filha, Yasmim Morchiela, 19 anos, e a filha dela, Maria Luísa, 1 ano e 8 meses. Marisa morreu protegendo a neta, que teve apenas escoriações Yasmim estava desaparecida até as 19h de ontem. Seu corpo foi achado quase 24 horas após o acidente.
FERIDOS
Uma terceira casa foi atingida, a do irmão de Nascimento. Ellen Cardoso, 19 anos, cunhada de Sheyla, estava no local e foi socorrida. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, tanto Ellen quanto Nascimento chegaram ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra com múltiplas fraturas, mas apresentavam quadro estável até a conclusão desta edição. Na manhã de ontem, a Defesa Civil interditou 38 casas nas redondezas do acidente, porque ainda havia risco de deslizamentos na área. Ficaram desalojadas 160 pessoas —a maioria foi para a casa de parentes.
NOS BRAÇOS
Familiares disseram que a recepcionista Marisa Morchiela, 47, foi achada com os braços sobre a neta Maria Luísa, de 1 ano e 8 meses, como forma de protegê-la. "Dona Marisa, não tenho nem palavras. Era a estrutura da nossa família. Ela ajudava, dava conselhos. Nunca deixou de fazer nada pelos filhos, pelos netos. Tanto é que morreu pela neta", diz a dona de casa Miriam de Assis, 29 anos, nora de Marisa.
Maria Luísa teve arranhões e já teve alta. Familiares afirmaram que a vítima chegou a ligar de seu celular para o pronto-socorro em que trabalhava para pedir ajuda. "É muito triste. A gente tinha uma família muito unida", disse a professora Silvia Morchiela, irmã da recepcionista. Marisa deixa marido, três filhos e quatro netos.
Ao ouvir gritos e o barulho do deslizamento, vizinhos saíram de casa para tentar ajudar as vítimas retirando escombros e lama da área. "O pessoal começou a ajudar, mas estava chovendo muito", contou a auxiliar de logística Charlene Albuquerque, 33 anos. "Está todo mundo assustado, ninguém consegue dormir direito."
Muitos dos vizinhos eram amigos ou parentes das vítimas, como a diarista Edna Aparecida Seixas, 27 anos, que teve a casa interditada ontem. "É uma tragédia. Nunca pensa que vai acontecer com a gente."
DEFESA CIVIL
O grande volume de chuva e obras que estariam sendo realizadas em uma casa vizinha podem ser os motivos que provocaram o deslizamento de terra em Itapecerica da Serra, segundo informou a Defesa Civil da cidade.
O órgão disse que choveu na região do desabamento 85 mm em uma hora, quantidade considerada muito acima do normal. "Segundo moradores, parece que um vizinho estava fazendo uma fossa", disse o secretário de Defesa Civil, Mauricio Rocha. Ele afirmou que a área é de risco, mas constantemente monitorada pela Prefeitura.
Ontem, técnicos da administração municipal e do IGC (Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo) estiveram no local e apontaram que há riscos de novos deslizamentos. Por conta disso, os bombeiros tiveram de trabalhar com muita cautela no resgate das vítimas, com equipes de 25 homens, que atuavam por meia hora e descansavam por uma hora.