quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Troca de farpas entre Cunha e Dilma começou no domingo; veja frases

A troca de farpas entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já se estende desde o domingo (18). De lá para cá, foram duas declarações de Dilma e duas de Cunha. Todas foram dadas em entrevistas para a imprensa e geraram um dos momentos mais delicados na relação entre os dois. Veja os capítulos da discussão:

Domingo, 18 de outubro:

A presidente Dilma, em viagem oficial à Suécia, foi questionada sobre as provas da existência de contas na Suíça atribuídas a Cunha. O jornalista queria saber se o fato causava constrangimento ao Brasil no exterior. Dilma respondeu que seria "estranho se causassem". "Ele [Cunha] não integra o meu governo. Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você [repórter] está perguntando".

Segunda-feira, 19 de outubro

Na Câmara, jornalistas abordaram Cunha para saber o que ele pensava da declaração de Dilma do dia anterior. Na resposta, a exemplo da presidente, ele disse que também tinha algo a lamentar. "E eu lamento que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo", afirmou o presidente da Câmara.

Terça-feira, 20 de outubro

Em declaração à imprensa na Finlândia, ao lado do presidente do país, Dilma foi questionada sobre Cunha ter dito que o governo brasileiro está envolvido no maior escândalo de corrupção do mundo. "Eu não vou comentar as palavras do Presidente da Câmara. O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é o meu governo que está sendo acusado atualmente", respondeu Dilma.
No mesmo dia, mais tarde, Cunha rebateu a presidente. Na Câmara, ele ironizou: “Eu não sabia que a Petrobras não era do governo”.