O estado de saúde do delegado da Polícia Civil de Quixeramobim, Salviano
de Pádua, e dos inspetores Renato Cosmo e Emerson de Castro, feridos
durante um confronto com os assaltantes de um carro-forte na zona rural
deste município do Sertão Central, é estável.
Eles devem receber hoje
alta no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, para onde foram
transferidos em helicópteros da Coordenadoria Integrada de Operações
Aéreas (Ciopaer) na tarde desta quarta-feira, 28. A informação foi
repassada por familiares dos policiais no início da manhã desta
quinta-feira (29). Um quarto policial sofreu ferimentos mais leves e não
precisou ser transferido para a capital cearense.
Enquanto os policiais se recuperam equipes da Polícia Civil e da
Polícia Militar continuam fazendo varredura nos municípios de
Quixeramobim, Quixadá, Choró e Madalena, onde os membros do bando que
atacou um carro-forte no fim da manhã desta quarta-feira, na CE-060,
proximidades da vila do distrito de Uruquê. Dois dos três veículos
utilizados pelos criminosos, um KIA Sportage de cor prata de placa JSC
2941, da Bahia, e uma Pajero de cor branca, placa PMC 7537, incendiada,
foram abandonadas na fuga.
Além da Pajero o carro-forte, que seguia para Quixeramobim, também
incendiou. Vigilantes da empresa de transporte de valores informaram que
as chamas começaram após o uso dos explosivos para arrancar o cofre de
dentro do veículo. O óleo diesel acabou escorrendo e o fogo se alastrou.
“Quando percebemos que seríamos atacados efetuamos o retorno e
atravessamos o carro na rodovia em uma área deserta para enfrentarmos
eles. Não sabíamos que o poder de fogo deles era muito maior”, informou o
motorista.
Segundo informações da Polícia, o ataque ao carro-forte foi praticado
por 10 assaltantes. A maioria utilizava capuzes para não serem
identificados. O modus operandi foi praticamente o mesmo dos ataques a
outros veículos de transporte de valores no Ceará nos últimos anos. Para
se defenderem da Polícia utilizam chapas de aço, com até 10mm de
espessura nas traseiras dos veículos para não serem atingidos. A
diferença é que agora os criminosos estão utilizando armas de guerra.
Além de fuzis 762, estão atacando com armas de calibre .50, utilizado
pelas Forças Armadas.