Defesa da ex-prefeita Lidiane Leite conseguiu suspender na madrugada desta terça-feira (29) a decisão da juíza Ana Maria Almeida Vieira,
titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís e Corregedora dos
Presídios que determinou sua transferência imediata para a Penitenciária
Feminina de Pedrinhas.
Lidiane chegou a ser levada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap) por volta de 0h30 para o Complexo de Pedrinhas, mas com a liminar fica valendo o entendimento do juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, José Magno Linhares, determinando que Lidiane Leite seja recolhida Presídio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA). O magistrado considerou que o presídio feminino de Pedrinhas, no Complexo de Pedrinhas, é um risco à integridade de Lidiane.
Antes de ser transferida para Pedrinhas, Lidiane estava recolhida em um
confortável alojamento no quartel do Corpo de Bombeiros. O local é
utilizado pelos oficiais médicos da corporação. O quarto tem janela,
banheiro, duas camas de solteiro e está equipado com televisão, frigobar
e ar condicionado. A TV e o frigobar, porém, teriam sido retirados do
alojamento onde está ex-prefeita por ordem judicial.
A ex-prefeita se entregou à Polícia Federal às 13h. Ela chegou pelos fundos da sede da Superintendência da Polícia Federal e estava acompanhada por três advogados e passou toda a tarde prestando depoimento. Lidiane estava foragida há 39 dias, desde que teve sua prisão decretada pela Operação Éden que investiga desvios em recursos públicos destinados à educação municipal.
Na última sexta-feira (25), o juiz José Magno Linhares havia estipulado o prazo de 72 horas para que Lidiane Leite se entregasse à Polícia Federal. O magistrado considerou que o presídio feminino de Pedrinhas, no Complexo de Pedrinhas, é um risco à integridade de Lidiane.
Entenda o caso
A ex-prefeita se entregou à Polícia Federal às 13h. Ela chegou pelos fundos da sede da Superintendência da Polícia Federal e estava acompanhada por três advogados e passou toda a tarde prestando depoimento. Lidiane estava foragida há 39 dias, desde que teve sua prisão decretada pela Operação Éden que investiga desvios em recursos públicos destinados à educação municipal.
Na última sexta-feira (25), o juiz José Magno Linhares havia estipulado o prazo de 72 horas para que Lidiane Leite se entregasse à Polícia Federal. O magistrado considerou que o presídio feminino de Pedrinhas, no Complexo de Pedrinhas, é um risco à integridade de Lidiane.
Entenda o caso
Lidiane Leite assumiu a prefeitura aos 22 anos (Foto: Arquivo pessoal)
Lidiane Leite é acusada de irregularidades encontradas em contratos
firmados com "empresas-fantasmas" na cidade de Bom Jardim. Lidiane
Leite, atualmente com 25 anos, foi eleita por acaso. Depois de ter
passado uma infância humilde vendendo leite para ajudar a mãe, a jovem
viu sua vida mudar quando começou um namoro com o fazendeiro e padrinho
político, Beto Rocha.
Em 2012, o fazendeiro foi candidato a prefeito, mas teve a candidatura
impugnada pela Lei da Ficha Limpa e lançou a namorada pelo PRB. Lidiane
foi eleita com 50,2% dos votos válidos (9.575) frente ao principal
adversário, o médico Dr. Francisco (PMDB), que obteve 48,7% (9.289).
A então prefeita Lidiane passou a ostentar uma vida de luxo na
internet, incompatível com o salário que recebia do município. "Eu
compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o
que achem. Beijinho no ombro pros recalcados", comentou na internet. A
conduta chamou a atenção do Ministério Público que passou a apurar
fraudes em licitações do município.
Beto Rocha chegou a ser preso pela operação. Ele ocupava a função de
Secretário de Assunto Políticos na gestão de Lidiane. Também foi detido
Antônio Cezarino, ex-secretário de agricultura. Ambos foram soltos no
último sábado (26) por determinação do Poder Judiciário.