O diretor americano Wes Craven, famoso por ter criado
franquias de terror como "A Hora do Pesadelo" e "Pânico", morreu na
tarde deste domingo (30), em Los Angeles. Vítima de um tumor cerebral,
ele tinha 76 anos.
O nome de Craven é sinônimo de filmes de horror. Nos anos 1980, ele reformulou o gênero, dando uma roupagem mais jovem e sangrenta a esse tipo de longa, quando lançou "A Hora do Pesadelo" (1984), primeiro título da saga de Freddy Krueger, o serial killer de rosto deformado e luvas navalhadas que invade os sonhos dos personagens.
O filme revelou Johnny Depp, que interpreta uma das muitas vítimas do vilão, e originou oito novos longas sobre Krueger, todos dirigidos por outros nomes, salvo "O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger".
O assassino, inspirado numa série de crimes que Craven disse ter lido nos jornais, foi eleito o 40º maior vilão de todos os tempos, segundo o American Film Institute.
Nos anos 1990, voltou a dominar o gênero quando dirigiu "Pânico" (1996). No filme, um assassino mascarado persegue jovens e os mata em sequência.
A franquia embalou outras semelhantes, como "Eu Sei O que Vocês Fizeram no Verão Passado" e "Lenda Urbana", de outros diretores, todos com a mesma premissa: mortes brutais, assassinatos em série e a revelação do criminoso ao final. A máscara usada em "Pânico", inspirada no quadro expressionista "O Grito", de Edvard Munch, virou um símbolo pop.
"Filmes de terror não criam medo, eles o liberam", dizia, segundo o site IMDb, base de dados sobre cinema. A respeito do pai, que morreu quando tinha quatro anos, contava que era uma pessoa violenta, o que influenciou o tom sinistro de seus filmes.
Desde o primeiro longa que dirigiu, "Aniversário Macabro" (1972), Craven já ensaiava alguns passos na reformulação do terror ao inserir o ingrediente do humor. Em seguida, dirigiu outros filmes de horror como "Quadrilha de Sádicos" (1977) e "Benção Mortal" (1981).
Do terror com pitadas de comédia também dirigiu "Um Vampiro no Brooklyn" (1995), protagonizado por Eddie Murphy.
Craven deu uma pequena pausa na sanguinolência após "Pânico 2", quando lançou "Música do Coração", drama sobre uma professora de música que ensinava violino a garotos pobres. O filme, de 1999, valeu a Meryl Streep uma indicação ao Oscar e era o favorito de sua mãe, segundo o cineasta.
Em 2000, ele voltou ao terror com "Pânico 3" e fez uma incursão pelo thriller com "Voo Noturno", de 2005.
"Pânico 4", de 2011, foi o último filme que dirigiu. Nos últimos anos, manteve diversos projetos em desenvolvimento para a televisão, caso de "The People Under the Stairs" e "Sleepers".
Ele deixa dois filhos.
Fonte: Folha.com
O nome de Craven é sinônimo de filmes de horror. Nos anos 1980, ele reformulou o gênero, dando uma roupagem mais jovem e sangrenta a esse tipo de longa, quando lançou "A Hora do Pesadelo" (1984), primeiro título da saga de Freddy Krueger, o serial killer de rosto deformado e luvas navalhadas que invade os sonhos dos personagens.
O filme revelou Johnny Depp, que interpreta uma das muitas vítimas do vilão, e originou oito novos longas sobre Krueger, todos dirigidos por outros nomes, salvo "O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger".
O assassino, inspirado numa série de crimes que Craven disse ter lido nos jornais, foi eleito o 40º maior vilão de todos os tempos, segundo o American Film Institute.
Nos anos 1990, voltou a dominar o gênero quando dirigiu "Pânico" (1996). No filme, um assassino mascarado persegue jovens e os mata em sequência.
A franquia embalou outras semelhantes, como "Eu Sei O que Vocês Fizeram no Verão Passado" e "Lenda Urbana", de outros diretores, todos com a mesma premissa: mortes brutais, assassinatos em série e a revelação do criminoso ao final. A máscara usada em "Pânico", inspirada no quadro expressionista "O Grito", de Edvard Munch, virou um símbolo pop.
"Filmes de terror não criam medo, eles o liberam", dizia, segundo o site IMDb, base de dados sobre cinema. A respeito do pai, que morreu quando tinha quatro anos, contava que era uma pessoa violenta, o que influenciou o tom sinistro de seus filmes.
Desde o primeiro longa que dirigiu, "Aniversário Macabro" (1972), Craven já ensaiava alguns passos na reformulação do terror ao inserir o ingrediente do humor. Em seguida, dirigiu outros filmes de horror como "Quadrilha de Sádicos" (1977) e "Benção Mortal" (1981).
Do terror com pitadas de comédia também dirigiu "Um Vampiro no Brooklyn" (1995), protagonizado por Eddie Murphy.
Craven deu uma pequena pausa na sanguinolência após "Pânico 2", quando lançou "Música do Coração", drama sobre uma professora de música que ensinava violino a garotos pobres. O filme, de 1999, valeu a Meryl Streep uma indicação ao Oscar e era o favorito de sua mãe, segundo o cineasta.
Em 2000, ele voltou ao terror com "Pânico 3" e fez uma incursão pelo thriller com "Voo Noturno", de 2005.
"Pânico 4", de 2011, foi o último filme que dirigiu. Nos últimos anos, manteve diversos projetos em desenvolvimento para a televisão, caso de "The People Under the Stairs" e "Sleepers".
Ele deixa dois filhos.
Fonte: Folha.com