Decepcionado após o sexto lugar na final dos 50m borboleta, prova da
qual era bicampeão mundial, Cesar Cielo disse que já iria pensar na
Olimpíada do Rio, em 2016, porque "aqui (em Kazan) não tem o que fazer".
E, ontem, "de fininho", Cielo abandonou o Mundial de Natação na Rússia e
voltou para o Brasil.
Em nota, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA),
ressaltou que "a questão não é técnica". O corte de Cielo foi decisão da
comissão técnica, "por razões médicas". Ao médico da equipe, Gustavo
Magliocca, Cesar se queixou de dor no ombro esquerdo, que nos exames
iniciais apontavam para lesão no tendão supra espinhoso.
"Essa lesão foi evoluindo à medida que ele nadava. Na terça-feira
passada, tivemos 24 horas de repouso e pudemos observar melhor a
evolução da lesão. Considerando o estado físico dele, o pouco tempo que
tínhamos aqui e, principalmente, o foco nos Jogos Olímpicos de 2016,
optamos pelo corte para preservá-lo e iniciar o mais rápido possível a
reabilitação", disse o médico.
Crise anunciada
Até o corte por lesão, Cielo vinha expondo, no Mundial, sua crise
técnica. Recordista mundial dos 100m livre, não participou do
revezamento 4x100m livre, que terminou em quarto lugar.
Antes da final do 4x100m, ele disputou a semifinal dos 50m borboleta,
prova não-olímpica. Classificou-se à final, mas disse que não disputaria
o ouro contra Florent Manaudou e Nicholas Santos, que acabaram mesmo em
primeiro e segundo lugares.
Cielo nadaria os 50m livre, da qual é tricampeão mundial em piscina
longa e foi bronze no Mundial de Piscina Curta do ano passado e nos
Jogos de Londres.