O PMDB terá candidato próprio na eleição presidencial de 2018, confirmaram nesta quarta-feira (15) lideranças do partido em Brasília.
"O que foi estabelecido é que o PMDB será cabeça de chapa", disse a
jornalistas o presidente da legenda e vice-presidente da República Michel Temer, após lançamento em Brasília de plataforma digital da Fundação Ulysses Guimarães, vinculada ao partido.
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o PMDB tem uma aliança com o PT "estratégica e circunstancial", que deveria ocorrer em torno de um programa.
"Mas o PMDB desde logo está deixando claro, absolutamente claro que vai
ter um projeto de poder, que vai ter um candidato competitivo à
Presidência da República", disse ao ser perguntado sobre uma candidatura
própria do partido em 2018.
O PMDB é o maior partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff, uma aliança que vem se desgastando.
O partido tem, além de Renan na presidência do Senado, Eduardo Cunha (RJ) no comando da Câmara dos Deputados.
O governo Dilma tem sofrido derrotas em votações no Congresso, mesmo
depois de a presidente decidir escalar Temer para comandar a articulação
política com o Parlamento.
A relação entre PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão governista, tem sido desgastada em meio às dificuldades políticas
do governo no Congresso, à fragilidade da economia e à baixa
popularidade de Dilma. São comuns as críticas públicas de Cunha ao PT e
de Renan ao governo.
Além da vice-presidência e o comando da articulação política, o PMDB
comanda seis ministérios no governo Dilma --Agricultura, Minas e
Energia, Turismo, Portos, Aviação Civil e Pesca.