Emerson Sheik já sabe que não terá seu contrato renovado pelo Corinthians. O comunicado foi feito na segunda-feira, quando o elenco se reapresentou após a vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense. “Fizemos o aviso de forma oficial ao Sheik de que não vamos renovar”, confirma um dirigente corintiano. “Ele aparentemente ficou um pouco triste, mas faz parte da vida de um jogador profissional”, acrescenta.
O vínculo do atacante termina no dia 31 de julho e existe a chance de ele ser liberado antes disso. Tudo para evitar que ultrapasse o limite de sete jogos no Brasileirão e, desta maneira, fique impedido de defender outro clube no campeonato. Com 36 anos, é improvável pensar que ele vá jogar fora do país, então, a tendência é que ele defenda um rival alvinegro a partir das próximas semanas.
A decisão de dispensar o herói do título da Libertadores em 2012 tem a ver com seu salário, de R$ 517 mil mensais, e os constantes atos de indisciplina dentro e fora do campo. A gota d’água foi a expulsão contra o São Paulo, em lance tolo, que o tirou das duas partidas de oitavas de final contra o Guaraní, quando ocorreu a eliminação.
Sheik nunca escondeu o desejo de permanecer no Parque São Jorge. No sábado, ele chegou a despistar a imprensa ao afirmar que já havia iniciado conversas para a renovação do contrato, fato desmentido pela cúpula corintiana. “As conversas já começaram e tenho certeza de que tudo vai caminhar bem”, afirmou.
O adeus de Sheik contraria a vontade de Tite. Apesar de entender que o jogador pisa na bola com frequência, o treinador defendeu a extensão do vínculo pelo menos até dezembro por entender que não há no elenco um jogador com a experiência e o estilo de jogo do atacante. Mas o presidente Roberto de Andrade não se convenceu.
O carioca disputou 151 partidas e marcou 26 gols pelo Corinthians. Em toda a carreira, ele nunca havia feito tantos jogos ou gols por outro clube.
