quinta-feira, 26 de março de 2015

Seleção Brasileira enfrenta a França, hoje, com diversos elementos que relembram um passado doloroso

Depois de iniciar a nova era Dunga com seis vitórias em seis amistosos, a seleção brasileira faz sua estreia em 2015 com um teste de peso hoje, contra a França, primeira potência europeia enfrentada desde o fracasso da Copa do Mundo de 2014.

Por ironia do destino, o primeiro jogo do ano será no palco da pior derrota da carreira do capitão do tetra, o Stade de France, e contra o mesmo adversário, para o qual perdeu por 3 a 0 na final do Mundial de 1998.

Para alimentar ainda mais o clima de assombração, estará no comando dos 'Bleus' justamente o homem que levantou a taça na ocasião, Didier Deschamps, hoje técnico de sucesso.

Para a nova geração de jogadores brasileiros, no entanto, não passa de uma lembrança distante. "Me lembro um pouco daquela partida. Tinha sete anos. Para mim, foi uma tristeza muito grande porque perdemos a Copa e todos esperavam uma vitória do Brasil, mas a França tinha u ma grande equipe e mereceu a vitória", recordou o lateral Danilo, de 23 anos.

O retrospecto geral é ligeiramente favorável ao Brasil, com seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas em 15 partidas, mas os franceses ganharam a fama de 'carrascos' em Copas.

Além de vencer final de 1998 de forma contundente, eliminaram a seleção verde-amarela nas quartas de final em 1986 (nos pênaltis, depois do empate em 1 a 1) e 2006 (1-0). A única vez em que o Brasil venceu a França num Mundial foi no primeiro confronto, em 1958, na Suécia, com triunfo por 5 a 2.

No último duelo entre as duas equipes, a seleção brasileira levou a melhor, com a vitória de 3 a 0 em um amistoso em junho de 2013, em Porto Alegre, ganhando moral rumo ao título na Copa das Confederações, sob o comando de Luiz Felipe Scolari.

Duplas inéditas

Para Dunga, porém, está na hora de deixar o passado para trás e olhar para o futuro. Os amistosos desta quinta-feira contra a França e domingo contra o Chile são os últimos antes da convocação final para a Copa América.

Sem poder contar com Diego Tardelli, cortado por lesão, Dunga deve inovar em relação ao esquema tático usado nos jogos anteriores. Pelo que mostrou nos últimos treinos, a seleção deve atuar sem centroavante, em 4-4-2, com Roberto Firmino formando a dupla de ataque com Neymar. Já no setor defensivo, outros desfalques de última hora, de David Luiz e Marquinhos, darão lugar a inédita dupla Thiago Silva e Miranda.