terça-feira, 9 de dezembro de 2014

PSDB tenta atrair filiações no Ceará

Aproveitando o aumento do número de filiações na época da campanha eleitoral, o PSDB promoverá, na próxima sexta-feira, 

ato de filiação com a presença de lideranças do partido, como o senador eleito Tasso Jereissati, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos e o deputado eleito Carlos Matos. Segundo o presidente estadual Luiz Pontes, a ação procura apoio de novas lideranças e profissionais liberais para novo momento do partido.

Em três meses, o PSDB cearense registrou o triplo de filiações que a média anual da sigla: foram cerca de 320 novos filiados no Estado. Para o peessedebista, as eleições trouxeram à tona novos simpatizantes do partido que, ao se filiarem, darão nova dinâmica à agremiação, com a realização de seminários e discussões sobre o Ceará e o Brasil. "São médicos, advogados, professores, empresários, sindicalistas", destacou Pontes.

A ação objetiva recrutar apoiadores para diretórios municipais e comissões provisórias do PSDB, que o presidente prevê estarem definidas em março. "Temos até 10 de março para que os diretórios municipais já estejam prontos, para que em abril possamos eleger o novo diretório estadual. Em maio estaremos elegendo o nacional", explicou.

De acordo com o presidente, a filiação será mais rígida para coibir o ingresso de "carreiristas". "Não me interessa uma pessoa que possa ter voto no Interior e foge da linha da ética partidária, do desenvolvimento. Essas pessoas não nos interessam, já fui procurado (por elas) e já cortei", apontou o dirigente.

Para Pontes, o PSDB está vivendo novo momento no Estado. "Se comentava muito que o Tasso estava abandonando a política. 

Então o retorno dele com uma votação expressiva, 63% dos votos só em Fortaleza e 58% no Estado, mostra que o PSDB está vivo", ressaltou. "Chegou o grande momento do PSDB que minguou, ficamos sem nenhum deputado estadual, só um deputado federal, e hoje temos um deputado estadual que vale por meio time", salientou.

Oposição

O peessedebista ressaltou que o partido fará oposição ao governo estadual, integrando o bloco oposicionista com representantes de outros partidos que apoiaram o senador Eunício Oliveira (PMDB) ao Governo.

Em relação ao governo de Camilo Santana (PT), Pontes aponta dois erros que afirma preocupar o partido: ações sobre a seca e a defesa da CPMF. "Até agora, não vi essa comissão que o Camilo formou falar em seca. Isso já nos preocupa", afirmou.

Na visão do tucano, o Estado já acendeu a "luz amarela" para o pagamento dos funcionários públicos, destacando que o custeio subiu de 40% a 45% de 2010 a 2014. "Foi ganho para o funcionário público? Não, mas com cargos comissionados e terceirizados", criticou. "Nós precisamos fazer uma oposição forte, para que o Ceará saia do marasmo que foi a oposição no passado", completou.