Um estudo divulgado nesta segunda-feira (25) pela Associação Americana de Pediatria (AAP) recomenda que as escolas iniciem o dia letivo depois das 8h30, para que crianças e adolescentes possam ter uma noite adequada de sono.
Atrasar o início do dia na escola, pelo menos até 8h30 ajudaria a conter a falta de sono dos alunos, que tem sido associada com a saúde debilitada, notas ruins, acidentes de carro e outros problemas, segundo a AAP. Também conforme a academia, os adolescentes têm regularmente sofrido com a falta de sono.
A pesquisa publicada na revista Pediatrics mostra que os estudantes do ensino fundamental e médio dos Estados Unidos não têm a quantidade recomendada de horas de sono, entre oito horas e meia e nove horas e meia. A maioria, segundo a pesquisa, dorme em média sete horas por noite.
Mais de 40% das escolas públicas do país iniciam as aulas antes das 8h, o que significa que para entrar a tempo do sinal soar, o estudante precisa acordar ainda de madrugada para se preparar para ir à escola.
Quem usa o transporte escolar, ainda fica muito tempo no veículo esperando as outras crianças serem recolhidas para irem à escola.
Perigos para adolescentes
Além do início muito cedo das aulas, atividades extra-classes contribuem para a perda de sono dos estudantes, segundo a AAP.
Os alunos fazem esportes na escola e passam horas à frente do computador para fazer trabalhos escolares e ainda se envolver nas redes sociais.
“Os pais, pediatras e educadores devem concentrar esforços para que os alunos tenham um sono saudável e promovam um ‘toque de recolher digital’”, indica a AAP.
“Entre os perigos para os adolescentes que dormem pouco estão depressão, pensamentos suicidas, obesidade, mau desempenho na escola e riscos de acidentes de carro por dirigir com sono”, disse Judith Owens, diretor de medicina do sono do Centro Médico Nacional Infantil, em Washington.
A pesquisa aponta ainda experiências de escolas que decidiram começar a aula mais tarde e melhoraram a motivação e o humor dos alunos. Mas ressalta que ainda é necessário um estudo mais aprofundado sobre este tema.
Com informações: Associated Press / G1