Oscar, Edinho, Márcio Santos, Edmilson e Juan. A lista de zagueiros do Brasil que fizeram gols em Copas do Mundo é pequena. Só tem cinco privilegiados. Natural, já que a prioridade deles é evitar os gols. De qualquer forma, há um jogador da atual Seleção que está sonhando com a sexta vaga nesse seleto grupo: David Luiz.
Segundo com mais partidas na nova "era Felipão" (esteve em 21 dos 24), o zagueiro recém-contratado pelo Paris Saint-Germain é o único dos considerados titulares que ainda não balançou a rede pela Seleção. Fazer um gol com a camisa verde e amarela está nos planos de David para esta Copa, mas não é obsessão.
- Eu ainda não tenho noção do que é esse privilégio, mas tenho certeza que Deus está reservando o momento correto para mim – disse o camisa 4.
Acostumado a dar arrancadas para o ataque e ser uma das principais referências na área nas jogadas de escanteio, David Luiz acredita que para um zagueiro o sabor do gol é bem diferente do que para um meia ou atacante, mais familiarizados com o ofício de botar a bola para dentro da rede. Apesar da função mais de proteção à própria meta, o defensor tem a chance de marcar aumentada pela habilidade em cobrar faltas.
- Quando você prova da mesma comida todos os dias, você enjoa. Mas, quando você tem a oportunidade de provar às vezes, é sempre um sabor especial. O zagueiro está ali para destruir as jogadas, mas quando ele tem a chance de balançar a rede é sempre um momento especial – acrescentou David Luiz.
Zagueiro-artilheiro é algo recente na seleção brasileira. Quem deu o pontapé inicial nessa história foi Oscar, na Copa de 1982. Depois, no Mundial seguinte, em 86, Edinho balançou a rede. Em 1994 foi a vez de Márcio Santos. No ano do penta, em 2002, Edmílson marcou - era escalado como volante, mas atuava quase como Lúcio e Roque Júnior na proteção ao gol de Marcos na defesa. E, em 2010, Juan mandou a bola para o fundo da meta adversária.
Nesta segunda-feira, a seleção brasileira tem mais um desafio na Copa do Mundo. Enfrenta Camarões, às 17h (de Brasília), no estádio Mané Garrincha, na capital federal. Para avançar às oitavas de final, o Brasil precisa ao menos de um empate com os africanos. Para seguir em primeiro do Grupo A, necessita de uma vitória.
