Julio Cesar não quer mais saber de polêmicas em torno da bola da Copa do Mundo. Quatro anos depois de dizer que a Jabulani, utilizada no Mundial da África, parecia “bola de supermercado”, o goleiro da Seleção afirmou na tarde desta terça-feira que a Brazuca é boa e que os jogadores de linha também vão gostar.
Excessivamente cauteloso, Julio evitou até citar a fabricante Adidas, empresa alemã parceira da Fifa, mas concorrente da Nike, uma das patrocinadoras da CBF e fornecedora de material esportivo da Seleção.
– Não fui só eu que reclamei da bola, outros goleiros e jogadores de linha também reclamaram, até o Maradona. Mas como o Victor antecipou, quando fui jogar na Liga Americana, a bola é patrocinada... Não posso falar o nome (risos). Eu já vinha treinando e jogando, isso me ajuda bastante. É uma bola boa, os jogadores de linha também vão gostar – afirmou Julio Cesar.
No ano passado, durante a Copa das Confederações, o goleiro também criticou a bola, a Cafusa, depois de um jogo contra a seleção da Itália.
– Falei que não comentaria nada da bola, mas é nítido o que acontece quando os jogadores chutam de longe. Há um motivo para o efeito que a batida pega. O Balotelli (atacante italiano) sabe disso e, como tem qualidade, passou a arriscar finalizações de todos os lugares do campo contra a gente – disse, no dia 25 de maio do ano passado, com tom menos crítico, é verdade, do que usou em 2010.
– É terrível, horrorosa, parece aquelas bolas que você compra no supermercado – afirmou, sobre a Jabulani.
Victor, o terceiro goleiro da Seleção, também comentou sobre a Brazuca. E como Julio evitou citar a Adidas.
– Todo mundo gosta de estar em contato com a bola, estar no campo. Para o goleiro, é muito importante ter contato com ela, é diferente da bola que a gente joga no Brasileirão. É importante pegar a velocidade, o quique dela, para se adaptar logo. A Copa do Mundo está na porta – disse o goleiro do Atlético-MG.