Um novo laudo médico, elaborado por uma junta da UnB (Universidade de Brasília) a pedido do STF (Supremo Tribunal Federal), apontou que o quadro de saúde ex-deputado José Genoino (PT-SP), preso após julgamento no mensalão, não é grave.
Segundo o documento, contata-se "a persistência de condições clínicas caracterizadas como não graves e o definido sucesso corretivo curativo da condição cirúrgica do paciente", em referência à cirurgia cardíaca de correção da aorta, principal artéria do corpo humano, pela qual Genoino passou em 2013.
A perícia médica foi realizada no último dia 12 na enfermaria da emergência do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, mas o laudo só foi disponibilizado nesta segunda-feira (28) no andamento processual do tribunal.
Na ocasião, os médicos constataram que ele estava com "ótimo aspecto físico" e sem "qualquer queixa clínica", embora apresentasse "certo grau de ansiedade". Também foi observado que, desde a primeira avaliação feita pela junta, em novembro passado, Genoino também tem sido "periódica e regularmente acompanhado ambulatorialmente, com exaustiva realização de exames complementares gerais e cardiológicos especializados e sob controle terapêutico, por seu médico particular".
Genoino aguarda definição do Supremo sobre um pedido da sua defesa para que ele possa cumprir a sua pena no regime domiciliar em definitivo. O laudo servirá de base para a decisão do presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, que é o relator do processo.
Em relação ao último exame, de novembro, o laudo de agora atesta que a situação permanece igual em vários aspectos e até melhorou em relação a outros: "O quadro mantém-se semelhante para a maioria das características observadas naquela data passada e até melhorado em relação a algumas outras que não mais se manifestavam".
Preso em novembro passado após ser condenado a 4 anos e 8 meses de prisão, no regime semiaberto, por corrupção ativa, Genoino recebeu o direito de cumprir a pena provisoriamente em casa, em Brasília, após ter se sentido mal e ser hospitalizado.
Inicialmente, o ex-deputado também foi condenado por formação de quadrilha, delito pelo qual recebeu 2 anos e 3 meses de prisão, mas acabou absolvido na fase de recursos.
No início deste mês, a Câmara dos Deputados negou pedido de aposentadoria por invalidez feito por Genoino. Os médicos que o avaliaram concluíram também que ele não apresentava " cardiopatia grave que resulte em incapacidade laborativa definitiva".
Fonte: UOL