sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Uso de aparelhos ortodônticos falsos pode causar a perda dos dentes e até levar à morte

Nova moda entre os jovens, o uso de aparelhos ortodônticos falsos, representa grande risco a saúde oral. Encontrado facilmente em camelôs ou nas redes sociais, os chamados “aparelhos diferenciados” podem causar danos irreversíveis, como a perda dos dentes ou até a morte, alertam os especialistas.

Em uma rápida busca pela internet podemos encontrar, sem nenhuma dificuldade, anúncios de vendas desses aparelhos; os preços baixos e a grande variedade de cores são os principais atrativos para os jovens, que nem sempre necessitam do uso de aparelhos.

Essa prática, que é novidade no Brasil, já é antiga em alguns países asiáticos, onde os aparelhos tem preços elevados e são considerados um símbolo de status; a invenção fashion já foi relacionada a duas mortes na Tailândia, o que levou o governo do país a proibir o uso do acessório.

Os perigos para tal prática são muitos, enumeramos alguns desses riscos:

1. O uso de cola extraforte, para fixação do aparelho, pode causar lesões na mucosa da boca, por se tratar de um produto tóxico; 

2. Por não ser colocado por especialista, o aparelho não é fixado de forma correta. Falta de precisão na direção, intensidade e quantidade pode fazer com que o dente se movimente erroneamente; 

3. Os ferrinhos falsos podem causar ferimentos na gengiva; 

4. A raíz pode amolecer, fazendo com que o dente caia; 

5. O uso de produtos sem procedência pode levar à morte, como aconteceu na Tailândia.

Em nota, o Conselhor Federal de Odontologia (CFO) se posicionou em sinal de alerta e pediu para que as pessoas não comprem o produto, sem a indicação de médico.

“O Conselho Federal de Odontologia pede às pessoas que não efetuem a compra de artigo odontológico no comércio, sem a indicação de um cirurgião-dentista, sob pena de prejudicar sua saúde bucal, muitas vezes sem possibilidade de recuperação”, disse a nota, divulgada nesta quinta-feira, 20.

Na mesma nota, o Presidente do CFO, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues, afirma que o caso já foi passado para os órgãos competentes e que a instituição irá entrar com um requerimento junto ao Congresso Nacional, para coibir a venda desses produtos.

Redação O POVO Online