Notícia boa para quem quer deixar de comer carne animal mas tem dificuldade para abandonar o hábito.
Cientistas da Universidade de Maastricht, na Holanda, apresentaram nesta segunda-feira (5), em Londres, o primeiro hambúrguer feito de células-tronco, sem a necessidade de abate do gado.
As células-tronco foram retiradas de uma vaca para reconstituir os músculos de carne bovina, que foram combinados a outros ingredientes para fazer o hambúrguer. A tecnologia poderia ser uma forma sustentável para suprir a crescente demanda por carne.
Mas se há expectativa para produção em escala industrial no futuro, o projeto para produzir a carne artificial, no presente, foi implementado ao custo exorbitante de cerca de R$ 750 mil.
Ecologia, combate à fome e respeito aos animais justificam pesquisa
“Estamos fazendo isso porque a criação de animais para abate não é boa para o meio ambiente, não vai suprir a demanda mundial por comida e também não é boa para os próprios animais”, ressaltou Mark Post, pesquisador da Universidade de Maastricht.
Já a pesquisadora Helen Breewood, que é vegetariana, afirma que se comesse carne, preferiria a feita em laboratório.
“Muita gente considera carne feita em laboratório repulsiva, mas se eles soubessem o que acontece nos abatedouros para a produção de carne, também achariam repulsivo”, ressalta.
A opinião é compartilhada pelo grupo Pessoas pela Ética do Tratamento aos Animais (People for the Ethical Treatment of Animals – Peta). “A carne de laboratório irá favorecer o fim de caminhões cheios de vacas, frango, abatedouros e fazendas de produção. Irá reduzir a emissão de gases de carbono, economizar água e fazer a rede de suprimento de alimentos mais segura”, destacou a nota do Peta.
A notícia e o eventual desenvolvimento da tecnologia é ainda mais importante, considerando o último levantamento das Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) sobre o futuro da produção de alimentos que mostra crescimento da demanda por carne na China e Brasil .