sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Após 156 dias presos, últimos corintianos são libertados na Bolívia

Os cinco corintianos que ainda permaneciam presos em Oruro, na Bolívia, foram soltos nesta sexta-feira, 156 dias após terem sido encarcerados, e deixaram a Penitenciária San Pedro no início da noite. São eles: Cleuter Barreto Barros, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Reginaldo Coelho. 

A chegada ao Brasil deve ocorrer neste sábado. Passagens já foram providenciadas para que todos voltem à capital paulista.

O grupo estava detido devido à morte de Kevin Douglas Beltrán Espada, garoto boliviano de 14 anos vitimado por um sinalizador atirado na partida entre San José e Timão, pela estreia da Libertadores da América, no dia 20 de fevereiro. 

Enquanto os outro sete haviam sido liberados por falta de provas que o incriminassem no caso, eles encontraram resistência, inclusive, da família do garoto para serem liberados.

No total, foram 12 presos. O primeiro grupo foi liberado no dia 6 de junho. No dia 24 de julho, Davi Gebara Neto, advogado da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, anunciou a liberação dos cinco torcedores que ainda permaneciam presos em Oruro. Membros da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, estavam em Oruro acompanhando todo o processo.

A justiça boliviana já havia decidido pela liberação dos cinco corintianos, mas eles continuaram na Penitenciária San Pedro. 

Houve uma série de procedimentos burocráticos antes de eles saírem para a rua. O Ministério da Justiça também anunciou um acordo com a justiça local para liberar os torcedores.

Um jovem de 17 anos, identificado apenas como H.A.M., assumiu a autoria do crime, mas nada foi alterado no processo. No dia 11 de julho, aproximadamente 50 torcedores fecharam parte da Avenida Paulista, uma das principais vias de São Paulo, para protestar contra a manutenção dos cinco na Penitenciária de San Pedro.

Sob a ótica dos representantes da Gaviões da Fiel, os corintianos eram mantidos “sequestrados”, uma vez que não havia respostas da justiça local sobre o andamento do processo.

Nota oficial do Ministério da Justiça

No início da noite desta sexta-feira, o Ministério da Justiça brasileiro emitiu uma nota oficial, confirmando a liberação dos torcedores.