O prefeito da cidade americana de San Diego, o democrata Bob Filner, pediu nesta sexta-feira afastamento de seu cargo por duas semanas para fazer um tratamento em uma clínica de terapia comportamental. Ele foi acusado de abuso sexual por sete mulheres.
As acusações provocaram uma série de críticas dentro de seu partido, o mesmo do presidente Barack Obama. Alguns dos integrantes pediram o reconhecimento público e a renúncia de Filner, que foi eleito em 2012 para o cargo após passar mais de 20 anos no Congresso.
Em entrevista coletiva, o prefeito reconheceu que teve condutas inadequadas com algumas mulheres, mas não reconheceu o abuso. "Eu peço desculpas a todas as mulheres que ofendi. Minha falha em respeitar as mulheres e a conduta intimidatória com que atuei algumas vezes é indefensável".
Logo após, ele disse que se internará por duas semanas em uma clínica de terapia comportamental a partir de 5 de agosto, no que diz ser o primeiro passo para "um processo mais longo que envolve uma rotina regular de sessões de terapia".
"Eu preciso me tornar uma pessoa melhor", afirmou, dizendo que, na volta, ele se dedicará à cidade. "Quando eu voltar, meu foco será garantir que estou fazendo o certo para a cidade, em relação a ser o melhor prefeito que eu puder, e a melhor pessoa que eu puder".
Bob Filner foi acusado por sete mulheres por conduta sexual indevida, sendo que uma delas registrou um boletim de ocorrência contra o prefeito. Ele enfrenta pedidos de renúncia de altos integrantes de seu partido, como o comitê central de San Diego e a líder do Comitê Democrata Nacional, Debbie Wasser.
O escândalo no Partido Democrata relembra a relação extraconjugal do ex-presidente Bill Clinton com a estagiária Monica Lewinsky, mantida entre 1995 e 1997 quando ela trabalhava na Casa Branca. O caso, descoberto em 1998, foi motivo de forte escândalo que abalou popularidade do mandatário na época.