domingo, 7 de abril de 2013

MS: adolescente mata menino asfixiado de 6 anos para roubar DVD


Para roubar um aparelho de DVD, um adolescente de 17 anos, morador no bairro Itamaracá, em Campo Grande, assassinou um menino de 6 anos de idade. A criança estava sozinha em casa quando o crime aconteceu.

Na quinta-feira, por volta das 18h, Aparecida Golube, 40 anos, chegou em casa após um dia de trabalho e se deparou com seu filho, Kauã, amarrado, amordaçado e desacordado. Ela ainda tentou socorrer o filho, na esperança de que estivesse vivo, mas era tarde.

O caso tomou repercussão na sexta-feira, quando a mãe prestou depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Ela contou que há cerca de um mês teve uma discussão com um vizinho, um rapaz de 17 anos. Ele teria entrado na casa dela enquanto Kauã estava sozinho e roubado R$ 80.

Foi a pista que a polícia precisava para ir atrás do rapaz, que foi pego na rodoviária cidade de Bataguassú, interior de Mato Grosso do Sul, enquanto tentava fugir para São Paulo com a namorada de 19 anos, grávida de três meses. O adolescente foi apreendido e prestou depoimento neste sábado à delegada Regina Mota.

O rapaz assumiu o crime e contou que foi até a casa de Aparecida na tarde de quinta-feira para roubar. Quando chegou, foi recebido pela criança, que permitiu que ele entrasse. Lá, ele começou a revirar a casa, o que deixou o menino assustado. Aos gritos, Kauã tentou impedir o roubo.

A versão do adolescente é de que Kauã pegou um frasco de inseticida para jogar nele, mas acabou sendo imobilizado. O assassino pegou uma camiseta e enfiou na boca da criança e na tentativa de amarrar as mãos, apertou o pescoço. Kauã, segundo dados da perícia, morreu de asfixia mecânica.

O adolescente deixou o menino no meio da sala, já caído no chão, e levou o DVD. Quando chegou em sua própria casa, o rapaz contou o que havia acontecido para sua mãe e também para a namorada. Foi quando decidiram sair da cidade.

Já apreendido, o adolescente vai responder pelo crime internado em uma Unidade Educacional de Internação (UNEI) e sua namorada será indiciada como co-autora do crime.

A mãe da criança costumava deixar os filhos sozinhos para poder trabalhar. Além do menino, Aparecida tem uma menina de 10 anos de idade que estuda à tarde. Kauã estudava de manhã e por isso ficava sozinho.