As chuvas que atingem a região serrana do Rio desde o fim de semana já provocaram a morte de 27 pessoas na cidade de Petrópolis, segundo dados da Defesa Civil divulgados no início da noite desta terça-feira. Os bombeiros estimam que ainda há entre quatro e oito pessoas desaparecidas.
Os temporais que castigam a região começaram no domingo (17) e provocaram vários alagamentos e deslizamentos de terra. Os bairros de Quitandinha e Bingen são os mais prejudicados. Segundo a Prefeitura de Petrópolis, ainda existem cerca de 5.000 pessoas em áreas de risco e 560 estão desalojadas ou desabrigadas.
Hoje, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo não pode permitir a construção de casas em áreas de risco e voltou a dizer que a situação é "extremamente preocupante porque as pessoas não saem." No total, 250 homens dos bombeiros e da Defesa Civil trabalham na busca às vítimas do temporal.
VÍTIMAS
Entre os mortos em Petrópolis estão dois agentes da Defesa Civil. Fernandes de Lima, 44, e Paulo Roberto Filgueiras orientavam moradores a abandonar a área, quando uma nova avalanche arrastou um muro, que caiu sobre os dois. Eles morreram na hora. Um terceiro agente sofreu traumatismo craniano e está internado.
Em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, mais de 600 pessoas abandonaram as casas, alagadas após o transbordamento dos rios Capivari e Saracuruna. A cidade deve receber R$ 12 milhões do Ministério da Integração Nacional para a execução de obras de reconstrução e recuperação de danos causados pelas chuvas.
A Defesa Civil colocou Angra dos Reis em estado de alerta. A cidade também sofreu com deslizamentos, alagamentos, quedas de árvores, além de estragos em pontes. Ninguém ficou ferido e pelo menos 36 pessoas estão desalojadas, segundo a prefeitura.