quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Povo cearense deve cobrar governantes solução para seca, diz leitor


A grande escritora e jornalista cearense, saudosa Rachel de Queiroz, retratou em seu romance "O Quinze", o drama e o flagelo da seca de 1915, uma época em que não havia nenhuma tecnologia em pauta, energia elétrica, estradas, transportes e comunicações para aliviar o sofrimento daqueles sertanejos que abandonavam o seu cantinho e batiam em retirada, a pé, para grandes centros a pedir esmolas e, por isso, eram chamados de "retirantes".

Hoje, tudo mudou para melhor no campo técnico-científico. Em todo lugar do sertão existe energia elétrica para acionar motores, perfuratrizes e outros instrumentos modernos para abrir poços profundos, puxar água de grandes distâncias para irrigar solos para a agricultura básica da região e matar a sede de gente e de bichos. Então, por que a situação é tratada com a mesma atitude e indiferença de quase cem anos atrás?

A ilustre dama das letras já foi chamada por Deus e ninguém se mancou de abrir o verbo para pedir a resolução de um sério problema secular, que já dispõe de grande tecnologia e recursos de toda espécie para ser resolvido.

Fica assim, faltando apenas a boa vontade dos governantes e maior sensibilidade e responsabilidade do povo cearense para cobrar a solução definitiva de tão grave problema social e moral.