A história está feita e jamais será esquecida. O
Fortaleza é o dono do Nordeste em 2019. Pela primeira vez em 100 anos
de história, o Tricolor sagrou-se campeão da Copa do Nordeste. Um dos
maiores títulos do clube e que foi vencido de forma incontestável após a
vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-PB, na noite de ontem, no estádio
Almeidão, em João Pessoa.
No agregado, o Leão do Pici totalizou 2 a 0,
já que havia vencido o jogo de ida, no Castelão, por 1 a 0. As duas
vitórias nos 180 minutos dissipam qualquer dúvida sobre a superioridade
leonina na decisão.
O nome do jogo foi novamente o atacante Wellington
Paulista, que marcou logo aos três minutos o único gol da partida. O
próprio camisa 99 havia sido o autor do tento que sacramentou o triunfo
na capital cearense.
No entanto, muitos outros personagens foram
determinantes para mais uma vitória sobre o Belo. O goleiro Marcelo
Boeck, em noite inspirada, fez grandes defesas e salvou a meta leonina.
Não à toa o Fortaleza termina a competição como dono da defesa menos
vazada, com apenas seis gols nos 12 jogos.
O zagueiro Juan Quintero mais parecia um xerife,
evitando as investidas do time da casa. No setor ofensivo, Osvaldo era a
personificação da disciplina tática da equipe comandada por Rogério
Ceni. Mesmo experiente, o camisa 11 foi incansável no papel de atacar e
defender.
Isso tudo aconteceu após os três minutos, quando WP99
abriu o placar em finalização de puro oportunismo depois do vacilo da
defesa do time da casa, que errou ao tentar sair jogando.
O lance mudou todo o panorama da partida. Foi um banho
de água fria na empolgação que tomava conta das arquibancadas do estádio
Almeidão. Aos poucos, os alvinegros foram empurrando o time rumo ao
empate. Mas, em campo, o que mais se via era um time desorganizado e que
tentou o empate na base do abafa e de lançamentos na área.
O passar dos minutos foi fazendo a ansiedade e tensão
crescerem ainda mais. A cada defesa de Boeck, a cada finalização pra
fora e a cada cruzamento sem destino do Botafogo-PB, os torcedores
locais viam que não seria dia de título alvinegro. A festa estava mesmo
destinada para os tricolores.
Apesar de não fazer um jogo brilhante, o Fortaleza foi
extremamente eficiente e se manteve organizado e sólido defensivamente
para controlar o resultado que lhe deu o título merecido.
Além da melhor defesa, o Leão do Pici termina o
Nordestão com o melhor ataque (19 gols marcados), com o artilheiro
(Júnior Santos, que marcou oito gols) e com apenas uma derrota.
Marcas que reafirmam a grandiosidade e o absolutismo da
conquista leonina. Um título que entra pra história do Fortaleza, que
levanta a terceira taça em sete meses, incluindo as duas principais
conquistas nos 100 anos de existência.