"Gratidão". Foi assim que Rogério Ceni explicou a relação com o Fortaleza. Com a conquista da Copa do Nordeste sobre o Botafogo/PB,
nesta quarta-feira (29), o técnico garantiu o terceiro título
consecutivo em 18 meses de trabalho no Pici e se sagrou o maior
comandante da história tricolor. A afirmação carrega, sim, o peso de um
clube centenário e ganha relevância com a dimensão das taças erguidas
nas duas últimas temporadas: Série B do Brasileiro e Campeonato Cearense.
Após ganhar o Nordestão, Ceni afirmou: "O Fortaleza está na minha
história assim como eu estou na do clube". A declaração é sútil, mas
expressa o carinho de um ex-jogador que construiu a carreira no São
Paulo e teve as portas abertas no Tricolor de Aço para se lançar como
técnico, abranço um novo projeto de idolatria. Dessa vez, à beira do
gramado.
"Gosto de futebol, de desafios, no Fortaleza eu me sinto muito bem.
Gosto muito do grupo de atletas, compram uma ideia e executam", afirmou o
comandante que ganhou três títulos dos quatro que disputou - excessão
para o vice-estadual de 2018.
Mesmo no topo, o apetite por taças é insaciável. Ceni é sinônimo também
de trabalho. E por isso o clube não retorna para a capital cearense após
se sagrar campeão do Nordeste. Evita o desgaste, descansa em João
Pessoa e viaja direto ao Rio de Janeiro, onde enfrenta o Flamengo no Maracanã, às 16h, sábado (1º), pela sétima rodada da Série A do Brasileiro.