domingo, 21 de outubro de 2018

Centrão articula reeleição de Maia para seguir no comando da Câmara

Dono de 207 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, o grupo de siglas do Centrão – PP, PR, PSD, PRB, PTB, PROS, SD e PSC – articula a formação de uma frente partidária para se manter no comando da Mesa Diretora a partir de fevereiro de 2019, quando os novos parlamentares vão tomar posse e eleger o presidente da Casa, que tem mandato de dois anos.

A pouco menos de duas semanas do segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), as conversas foram antecipadas pelos caciques das legendas por causa do movimento de aliados do ex-capitão, que já manifestaram desejo de disputar o controle do Legislativo.

Dispostos a impedir que os dois partidos que concorrem ao Palácio do Planalto ocupem postos de comando no Congresso, os líderes do centrão se articulam para apoiar a reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM), presidente da Casa.

Com 56 deputados eleitos, o PT elegeu a maior bancada da Câmara, seguido pelo PSL, com 52. A expectativa dos dois partidos é de aumentar esses números agregando membros de partidos que não bateram a cláusula de barreira. Os dirigentes do Centrão afirmam que, independentemente do resultado do segundo turno, “não há hipótese” de o PSL ou do PT acumularem a Presidência da República e o comando da Câmara.

Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, um dos poucos líderes do grupo que conseguiram se reeleger para o Senado, reiterou que o centrão está fechado com Rodrigo Maia. Ele rechaçou qualquer opção que venha dos partidos que disputam o Planalto. “A Câmara com certeza vai optar por um nome que unifique a Casa, e o único nome viável hoje é o do Rodrigo Maia. A Câmara jamais vai optar por extremos, seja do PT ou do PSL”, disse o senador.