Especialista em meditação, o neurologista Rogério Lima, da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro avalia que a prática
foi fundamental para que o grupo de 12 meninos tailandeses presos em uma
caverna. O treinador dos meninos, que estava com eles, é um ex-monge
budista.
O resgate foi concluído nesta terça-feira, 18 dias depois de terem
entrado no local. Segundo as autoridades, todos estão a salvo e foram
levados para o hospital.
Em entrevista ao “Estadão”, Lima
explicou que quando as pessoas meditam estimulam “a produção de
neurohormônios, que passam a circular pelo corpo reorganizando o
organismo.
Mesmo quem não tem treinamento longo de meditação, num
ambiente de prática intensiva, como parece que aconteceu na caverna,
consegue estimular essa mudança bioquímica”, cujo impacto regulariza a
frequência cardíaca, a pressão arterial e a própria percepção do
estresse, da dor e da fome.”A maturidade emocional da pessoa que medita é
diferente”, acrescentou o especialista.