A Justiça do Distrito Federal rejeitou ação
protocolada pela defesa do presidente Michel Temer contra o empresário
Joesley Batista, dono da JBS. A ação foi movida após entrevista do
empresário à revista Época, publicada em junho do ano passado, em que o
Joesley diz que Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil.
As informações são da Agência Brasil.
A
defesa do presidente pediu o pagamento de R$ 600 mil de indenização por
danos morais por entender que o empresário mentiu e usou expressões
absolutamente difamatórias, caluniosas e injuriantes durante a
entrevista.
Na
decisão, tomada no último dia 12, o juiz Jaider Ramos de Araújo, da 10ª
Vara Cível do Distrito Federal, argumentou que a publicação da
reportagem ocorreu após a queda do sigilo das delações da JBS, não
podendo ser considerado que a entrevista teve o propósito de denegrir a
imagem de Temer.
Importante
destacar, também, que a entrevista publicada na revista apresenta
narrativa clara e objetiva, sem a utilização de adjetivações pejorativas
ou discriminatórias de natureza pessoal que revelem o desejo de ofender
a honra do autor, decidiu o juiz.
Joesley
Batista está preso desde setembro do ano passado. A prisão por tempo
indeterminado foi requerida pelo ex-procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, após a anulação da imunidade penal que foi concedida ao
empresário. O procurador concluiu que Joesley omitiu informações da
Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o processo de assinatura
do acordo de delação premiada.